domingo, 8 de julho de 2012

Vai-se aproximando o ano letivo mas não o escolar…


Há prioridades. E estas centraram-se, nos últimos tempos, nas tarefas relativas à correção de trabalhos e na atenção a finais felizes de jovens que acompanho, em funções de professora tutora. Ontem, foi a vez de um sorriso especial: uma turma PIEF da minha escola terminou, com sucesso educativo, um percurso escolar alternativo. Anos de encaminhamento/acompanhamento para que o 3.º ciclo fosse cumprido. Como disse, numa breve intervenção, cada um deles/as deve dizer para si próprio um obrigado por uma etapa ultrapassada. Tenho a certeza que um significativa parte  continuará na escola. Assim, esta, num sentido lato, cumpriu sobretudo a  função social que lhe cabe. As competências escolares, se não foram alcançadas como seria desejável, poderão sempre ser colmatadas em outros percursos formativos.
Senti-me muito bem num ano particularmente difícil…
Para outros jovens, ver-se-á no próximo ano letivo o que se poderá fazer. Cada vez mais, toda a massa educativa deve congregar esforços. Afinal não passam de crianças até aos 18 anos, assim reza a atual terminologia dos direitos da criança! E como sentimos muitas famílias cansadas deste tempo de destempero! Hoje, só para focar algo que me fez sorrir (apesar do prejuízo) alguns paralelos (daqueles mais pequenos) da suave rampa de acesso ao telheiro soltaram-se, fazendo um barulho infernal debaixo do carro! Ia apenas a casa buscar a aparelhagem que prometera a um jovem que adora arranjar coisas. Se bem me lembro apenas não funcionava uma coisita de pouca monta.
Resumindo: o jovem acompanhado da família que o acolheu desde tenra idade, lá foi feliz com a dita (antes ainda ajudou a desviar os paralelos soltos) e eu lá terei que arranjar um calceteiro para os repor, com a devida sabedoria e técnica específica para que as ervas não grassem entre eles.
Contribuir monetariamente para ONG´s? Acho que sozinha já constituo uma…Pretensiosa? Talvez! Mas uma pretensiosa orgulhosa da sua pessoa: uma ONG não tem (ou não deve) ter fins lucrativos; ora, não os tendo e ainda me saindo do bolso dinheiro para reparar estragos (este foi mais um), será demasiada a adjetivação de que fiz uso?
Vá, sorriam! A crise pode ser monetária, financeira ou algo do género. Contudo, o filão de ouro do coração será sempre inesgotável!

Odete Ferreira 06-06-12

(Só hoje, dia 07-07 tive tempo para passar do manuscrito – escrevo em bloquinhos, como já sabe quem me lê – ao processamento …)

14 comentários:

  1. Filião de ouro do coração inesgotável, mas tantas vezes cansado.
    beijinhos, querida

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    1. E de que maneira, Nina, mas com uma grande capacidade regenerativa afetivamente, sobretudo na matéria que verso neste post...

      Bjos de ânimo, princesa :)

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  2. Que bacana Odete. Isso mesmo...que esse filão seja inesgotável e quando cansar que sua enorme "capacidade regenerativa" faça o "serviço".
    Beijuuss n.a.

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    1. É mesmo, Rê...
      Obg pela tua presença e sensibilidade.
      Bjoss na alma :)

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  3. "Cada um recebe de acordo com o que dá. Se você der ódios e indiferenças, há de recebê-los de volta. Mas se der atenção e carinho, há de ver-se cercado de afeto e amor." (Autor desconhecido)

    Cumprimentos

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    1. Por vezes não é fácil seguir esta diretivas, Fernando Santos. Mas com crianças e jovens é um poder/dever...
      Sempre oportuno, amigo.
      Bjo

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  4. Terminas com a beleza na alma e uns descontos na algibeira.
    É chegada a hora de retemperar energias.

    Boas férias querida amiga.

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    1. Bem, Teresa, é porque não fica bem dizer o valor do "estrago". Mas só confirma que sou mesmo uma pequena ONG :)
      Falaste em férias? Ui, ainda um pouco distantes...
      Bjuzzz, querida amiga

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  5. Uma professora assim, com um coração de ouro e tudo, até deve ser um enorme prazer ser teu aluno.
    Sugestão: deve existir algum pai que perceba de paralelos... os materiais "crava-os" numa loja da especialidade...
    Beijo, querida amiga.

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    1. Sorri, Nilson com a tua sugestão...
      Já está tudo arranjado, paralelos são os mesmos (deixei alguns de reserva quando calcetaram),foi só comprar o cimento e pagar a mão de obra (este tipo de trabalho é pago ao metro quadrado e fica mais caro porque demora mais tempo a assentar paralelos pequenos).
      Continuo a sorrir só porque me lembro que nem só de poesia vive o Homem :)
      Bjo :)

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  6. (Complicadas, as relações humanas. Nomeadamente as relações entre pessoas humanas...)

    ;)

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    1. Sempre a brincar com as palavras. Mas há sempre algumas nuances, no jogo que gostar de jogar, oops!!!
      :)

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  7. Oba!!!!
    Temos música nova por aqui!:))

    Vim trazer-te um beijinho grande, princesa.

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    1. E que música! Adoro, embora só tenha reparado quando vi o teu comentário :)
      Foi uma bela surpresa. Já pesquisei sobre a letra, não consegui encontrar; é que o título é muito sugestivo...
      Bjos, querida :)

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