Desta vez o título até pode defraudar expectativas. Talvez a intenção até seja essa! Já ando fartinha de ouvir falar na dita, por isso prefiro o plural, dá para tudo e tod@s. Já não há estômago que aguente e a mente ressente-se, fica contaminada, esburacada e depois para a reparar? Onde se iria arranjar dinheiro para as consultas da especialidade, apesar de ainda acreditar no SNS (Serviço Nacional de Saúde)?
Não congemino sequer um tal cenário, por isso vamos ao que interessa...
À hora de almoço ouvi uma notícia muito interessante: alunos da UE (Universidade do Minho), adaptavam brinquedos para crianças portadoras de deficiência, voluntariamente, trabalhando horas sem fim, só porque queriam ver o sorriso de satisfação da criança a quem seria entregue! Este tipo de brinquedos costuma ser caro, o que não se justifica, dizia um professor. Há muito que me espanta como não se promove o trabalho voluntário a crianças e jovens, durante as interrupções de aulas. Há países em que é praticamente obrigatório, é outra vertente curricular, sendo mesmo valorizada no curriculum do aluno, quando, por exemplo, se candidata a uma universidade (sim, há sistemas educativos bem diferentes do nosso, sendo que são as universidades que procedem à selecção dos alunos - mas isso será para outra altura, estamos em época de PAZ, simbolicamente falando, claro).
Por estas e por outras é que me espanta o nosso sistema educativo... Vêm as interrupções lectivas e lá vão os pais gastar algum dinheiro para ter a sua prole entretida, acrescido ao nosso que deixamos em impostos e que as autarquias e similares gastam, também nessa ocupação, dizendo que apostam nas crianças e jovens! Esquecem-se é de dizer que o dinheiro é de todos nós. Adiante...
Recentrando: não se educa, por ex, para o bem comum, desculpem... Há teoria, projectos mas vem tudo pré-pronto, de cima para baixo, as crianças e os jovens "papam" o que lhes é oferecido. Onde fica o seu envolvimento? Onde aprendem a criar projectos? Onde desperdiçam as sua competências????
Pois é, e se começassemos a perceber o que é o empreendedorismo e o pusessemos em prática desde tenra idade e na escola?
Muitas crises só o seriam conjunturais, mas nunca estruturais, como a nossa!
Já agora, que palavra vou usar? Imprevisto(s)? Hum...Talvez me quede por circunstâncias da vida ou desgoverno...
(PS: até me esforço para que os meus alunos sejam mais empreendedores, há um blogue * e tudo. Sabem o suficiente das TIC mas dá trabalho...É mais fácil alguém fazer por eles e hoje lá postei uns textos que vale a pena ler...)
*
http://blogandopeloportugues.blogspot.com/