Escorre,
entre dedos fugidios,
uma alma sensitiva...
Como enguia
que envolve
em círculo apertado.
Portas e janelas fechadas.
Riso amordaçado.
Um esgar,
num rosto
afunilado
entre almofadas...
Sem ar.
Sufoco...
Em ausências
inexplicáveis.
Em questionamentos
pensativos,
sofredores.
Em interiores
invisíveis.
Não são porquês retóricos
de resposta a si próprios.
São gritos alucinantes
que não ecoam,
por entre montes e vales,
só porque tudo se passa
num interior sem graça,
onde a ausência de luz
esconde os órgãos vitais.
Sussurram seus ais
à mão que escreve...
Soltando-os...
Em palavras coloridas,
obrigando a um alevantar
de um chão...
Imundo.
E a um olhar...
Profundo.
Na vida do meu eu...
Em futuro...
Suspenso
de um qualquer chamamento!
OF 28-10-10
Huum...
ResponderEliminarEstes gritos teus deixam-me sempre de sorriso amarelo.
Espero que traduzam apenas momentos.
bji, querida
Os poetas (ou aprendizes) são uns malabaristas de palavras!!!
ResponderEliminarAprecia, apenas!!!
Bjuzz, linda
Apreciei e com apreço.
ResponderEliminarA poesia é uma coisa demasiado séria para ser deixada nas mãos dos poetas...
;)
YES, oops!!! I agree...
ResponderEliminarPor isso é que a poesia não fica com eles mas com quem a lê!!!
Ora toma! :)
Tomo?
ResponderEliminarAinda por cima.
A finalidade era teres essa mesma interpretação.
Mas não te levo a mal ter-te elucidado...
;)
O que terá mudado no teu "eu" desde esta data (DEZ.2010) até hoje?
ResponderEliminarSe calhar nem tu sabes...
Apeteceu-me ler o teu passado poético.... e estou a gostar... muito...
Um beijo especial, minha querida Odete.
Às vezes também o faço, amigo. Leio uma série de postagens e "perco-me" nelas, no sentido em que tento "desenhar" a pessoa que escreveu...
EliminarHá sempre mudanças, Nilson, na medida em que se "cresce" em vários aspetos.
Ainda bem que gostaste deste "passeio".
Também um bjinho especial por esta cumplicidade poética. :)