Há
neste outono algo que me ilumina.
A
cegueira dos incautos.
A
luz dos esperançados.
Há
neste outono uma noite que se tarda no dia.
Ainda
não te sinto.
Os
verdes são primavera.
Os
amarelos são verão.
Os
negros focos de escuridão.
Incêndios
que morreram na tua mão.
Onde
morarão as telas outonais,
os
vestidos que vestem a estação,
as
brisas que acolhem teus ais,
as
manhãs que nascem tímidas
e
as noites precoces de solidão?
Ainda
não te pertenço.
Ainda
me quero viva.
Ainda
não adormeço.
Mesmo
que o sol pardacento
me
convide a um estar sonolento.
(Há
neste outono um luto diferente…)
OF - 25-09-2013
(Hoje já choveu...O outono parece que se anunciou. Mas não aquele de que gosto...)