Guerreio(-me).
Travo
lutas mentais.
Campo
de batalha,
sem
espaço delimitado.
Vão
para qualquer lado.
São
estocadas fatais
em
estertor pensamento.
No
limite, enforcam
as
palavras. É o fim.
O
pacto de paz, penso,
acontece
no sono…
Nada
sinto, nada me diz.
Estado
próximo da hibernada morte,
interregno
breve, escassas horas
do
esquecimento de mim.
Há
um culpado
de
atroz ferocidade.
Mata
sem piedade.
Todos
lhe apontam o dedo.
Mas
ele, TEMPO, imune,
ri-se
do degredo.
Dono,
gere o mundo.
É
nesta luta desigual
que
passou mais um Natal.
Será
neste tempo real
– inventando outro calendário
e
desfiando o meu inventário –
que
te saúdo, ano novo!
OF
30-12-12
Secamos muitas palavras de tanto as
usarmos,nestas épocas de rituais consagrados. Ocorre-me, nesta linha de
pensamento, desejar-te que o tempo seja teu parceiro nos projetos a
concretizares.
Esperançada, ofereço-te este 2013! Eu já o
domei e os sonhos já negociei. Faz o mesmo!
Odete Ferreira, 30-12-2012