terça-feira, 31 de agosto de 2010

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

As cores do Planeta


Sempre nos habituamos a referenciar o nosso Planeta pela cor verde, ou azul… Mas branco?
Bem, é o título de um livro infanto-juvenil (embora esta etiquetagem não me agrade de todo) de Miguel Sousa Tavares (MST) “ O Planeta Branco”. Levei-o para férias (queria descobrir outra vertente do MST, por questões profissionais, vê-se…
Não desgostei. Há preocupação de passar algumas mensagens que, devidamente descodificadas, em aulas vivas (sinónimo de interacção mais adulta que infantilizada), se pode abordar com alunos ainda muito jovens.
Não pretendo fazer uma apreciação literária, apenas despertar a curiosidade para a sua leitura (pretensão que muitos visitantes do blog acharão despropositada e terão razão…) e fazer eu própria umas leves, levíssimas reflexões…
Uma incursão (o enredo) bem arrojada no espaço, uma chegada (por artes, quase mágicas) ao Planeta Branco…
Portanto, a mensagem concentra-se praticamente, entre as páginas 72 e 78…
Algumas frases e termos que obrigam a reflectir.
MST fala em destino – crê nele, cremos nele?
Algum vocabulário, cuja semântica nos remete para a vida (viagem, túnel, medo do desconhecido, espanto, curiosidade (…) e a figura branca – sempre plena de simbolismo – que aparece no final da” viagem”.
As perguntas e respostas que necessariamente se seguem…Afinal o que aqueles três personagens estão ali a fazer e porquê. Quem afinal decide o quê (se é que há alguém a decidir).
E, sumo dos sumos, o Planeta Branco é habitado? Pois sim, é! E praticamente por duas espécies dicotómicas (bem me lembrei, nesta leitura do nosso Gil Vicente e o Auto da Barca do Inferno).
A casa dos mortos, esse Planeta Branco, destinada aos mortos, independentemente de terem vivido esta ou aquela vida, terrena!
Contudo, MST reserva outra moradia a uma espécie de Homens e Mulheres, que terão sido inocentes, generosos, (…) e se trasmutaram em estrelas que povoam o Universo! – facto que nos é transmitido como de ideal!!!
É uma história, cujas mensagens terão de ser discutidas com abertura. É que hoje esta questão da inocência já não tem o sentido de pureza, que, provavelmente, MST terá querido ainda transmitir.
Em todo o caso, quanto finalizei a leitura, estava numa praia de areia preta, pejada de jogos igualmente pretos. E não é que o destino me prega uma partida? Mesmo ao lado havia um único jogo branco…Simbólico: era o meu Planeta Branco.Certamente o meu lugar quando deixar este mundo. Estrela, segundo MST é que não serei!
25-08-2010

domingo, 29 de agosto de 2010

Sarau poético no Grupo Gritos Verticais -Facebook

Hoje, pela meia-noite, vou participar no sarau poético virtual...ttp://www.facebook.com/group.php?gid=111193068930588
Oxalá não tenha falhas no meu notebook.
Ainda não escolhi as poesias que vou postar, também ainda tenho algum tempinho, não muito...É que uma amiga já me desafiou para uma visitinha àquele local que tanto aprecio...Curiosos? Uma espreitadela à minha página no face!!!
http://www.facebook.com/event.php?eid=101769013215920#!/profile.php?id=100000317509648

domingo, 22 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Perdida? Não. Decidida

.Perdida? Não. Decidida. Os desabafos que...Os desabafos que precisavas dizer.
As palavras que era preciso escrever.
Não chegam para acalmar,
um estado emocional,
tão único, tão especial.

Compreendo-te…
A pele reluzente.
De um calor exterior.
Redobra, instantaneamente,
de um calor que está dormente.
Vivo, no teu interior.

Imagino-te…
Em pensamentos confusos.
Não te deixam sossegar.
Ouves umas vontades,
rejeitas outras verdades,
só porque não são as tuas.

Falei-te…
Em outras vidas diferntes.
A que tinhas todo o direito.
Ousada,
despertei-te…
O tempo não se apanha!
Corre, fazendo mil trejeitos,
Ininteligíveis.
A seu ver, perfeitos.

Tentei…
Que fizesses um sprint.
Resgatando o tempo perdido.
Não te culpes…
Apanhaste o sonho, não o tempo!
Que, esse, é manhoso…

E tu, um ser com todo o sentido.
OF 07-08-2010 12:50

domingo, 8 de agosto de 2010

Sarau Poético - Gritos Verticais

Roubei umas horas ao convívio presencial com amigos, também ao meu descanso dominical, mas preenchi-as com palavras de sentidos tão diversos...Não foi uma maratona de fundo, antes um correr compassado, saboreando os frutos que se soltam de árvores imaginárias e  céus estrelados!
Postei quatro poemas e consegui ler quase tudo, incluindo comentários...
Afinal, foi mesmo uma maratona!!!
Madrugada de domingo, hora de Portugal (08-08)Sarau Poético

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Demoronamento

Sinto, o meu mundo desmoronar-se,
parece nada ter valor,
arrepio-me com aleivosias,
que ouço, só de favor.

Energias desperdiçadas.
Palavras desencontradas.
Atitudes incompreendidas,
em reuniões apressadas.

Tropeço na raiva
dos meus próprios gestos.
Solto impropérios,
mas não aliviam.

Tudo é questionado.
Busco nova identidade,
alojada , em alguma parte,
do meu corpo fragilizado.

Não, não me quero perdida.

Contrario,
o mapa genético
em assomos de frémito,
ganhando, em outra vida,
a paz apetecida.

Sei.
Há muros que se derrubam.
Há outros que se levantam.
Clichés que não fazem sentido,
puzles que não encaixam.

Não, não me quero perdida…

Resisto,
num mundo aparvalhado,
de ânimo vazio,
permanecendo espantada,
num quotidiano perdido.

Sim, talvez me queira perdida!
Para me poder reconciliar,
contigo, comigo e com a vida.
OF 31-03-2010 

Valores...Que semântica, hoje?

Tenho consciência que está inculcado algures, num espaço cerebral, um constante processo de questionamento. É mental, apelida-se de pensamento, traduzindo-se em palavras, classificadas de nomes comuns, colectivos(...), mas engraçado, também de abstractos.
É sobretudo o sentido destes últimos que me leva a horas de exercício dialéctico: acontece muito frequentemente; por vezes com amigos, quase sempre comigo própria.
Desde há um tempo que não gosto de ouvir o cliché “já não há valores”. Explico: não é a frase em si, antes o sentido de “valores”. É como uma mola, salta em mim, obrigando-me a perguntar o que entende(m) pelo termo. Dá-me sempre um certo prazer (no bom sentido), perceber a atrapalhação do outro para lhe atribuir significação. A seus olhos, a pergunta é descabida. Mas para mim, faz todo o sentido – é preciso que se explique exactamente o que se pensa; sem uma aferiçaõ do sentido, não há diálogo, apenas troca de palavras! Uma boa conversa exige este esforço e parece já não haver paciência para tal. Ora aqui está um “valor” que não se devia perder, embora se entenda que a paciência não é um valor...
Depois, o respeito. “Hoje já não há respeito por nada nem ninguém” – frase dita, banalmente, sobretudo por quem não faz a mínima ideia da implicação terminológica. Nem sequer me preocupa ir ver ao dicionário... Haverá algum dicionário que alie, cabalmente, na metalinguagem, de que é portador, o sentido próprio e o dito figurado? Tenho a certeza que não..
Hoje, respeito, exige, em cada um, muitos patamares de desnvolvimento pessoal. É como se alcançassemos o sublime. Respeito, hoje, é ouvir o outro, é falar audivelmente mas também em surdina, é saber ler os olhares, é expor e expor-se, não receando o desnudamento da nossa essência. O receio do julgamento dos outros é atroz, torna-nos ansiosos. Alguém tem o direito de ter tal atitude? Apregoa-se a paz e a guerra começa por atitudes como esta...
Talvez volte a esta temática...Valores...Que semântica, hoje?
26-07-2010

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Questionamento


Interrogo
Questiono.
Penso.
Cogito...

Valeu a pena?
Vale a pena
esta constante inquietude
por tudo
e por nada?

Atormenta,
este quotidiano
de incerteza
(ou será antes certeza)
que há vidas perdidas,
esquecendo o que há de belo
em cada coisa da Natureza.
Não na natureza humana,
que, essa, é mistério...
Que não se desvenda!
OF 20-07-2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010