quarta-feira, 30 de maio de 2012

Mensagem à twitter...

Pois, hoje, a meio da tarde, estarei na minha escola para falar do meu "EM SUSPENSO". Pouco mais me disseram e ainda bem! Adoro improvisos!

domingo, 27 de maio de 2012

Amo-te...


Com a certeza de um processo de maturação cimentado na alma do meu ser.
Com a aceitação de desencontros que a maré dos ventos e das marés determinam.
Com os sonhos que (ainda) teimam em povoar o meu sono intermitente.
Com o meu olhar de candura onde os sentimentos de ternura te colhem em cenários idílicos, pueris ou fogosos de mulher amadurecida.
Com o deslumbramento de histórias em que te escuto como passo natural de crescimento.
Com estados de alma de tristeza, polvilhada com o açúcar da revolta silenciada e a saudade de momentos desperdiçados.
Com as cores dos ciclos da natureza.
Na presença ou na ausência de seres que me afagam com o olhar, o sorriso, a palavra dita, escrita ou pensada.
Amo-te assim, com as tuas formas, os teus caprichos, a tua dádiva desinteressada.
Amo-te, VIDA, porque para lá de tudo isto, sou uma vida que dá sentido à VIDA.
Sentimento intenso que nem o vento arranca, mesmo prometendo segredo!
 
Odete Ferreira -  13-05-12

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A algia da nostalgia


 Nostalgia
algia na metade do termo
e na outra -nos de nós.

Na formação da palavra,
há a dor do momento.
Frequente
enfermidade
numa eternidade
do presente.
Torna-se ausente
num passado recente.

Em diálogo travado,
em encontros idos,
a senhora alegria
ria, ria
da outra senhora,
sombria,
aperaltada em trajes
soturnos, escuros…

A senhora alegria
em cores de fantasia,
(pouco a pouco descoloridas)
num tempo que corria,
sobrevoava espaços
cada vez mais apertados
numa alma ainda sadia…

Agora é a outra
que sorri…
Não se sente vingada.
Continua, como sempre
- ZANGADA!

OF 30-11-11
http://www.worldartfriends.com/pt/users/odete-ferreira
http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/algia-da-nostalgia 

Recordando um site...


... onde divulgo poemas e prosas. O que tem a mais do que no blogue? Em conteúdo, menos; mas há comentários que vale a pena serem lidos. Enriquecem, em vários aspetos, além de haver outras visões sobre os escritos...

Odete Ferreira

terça-feira, 22 de maio de 2012

Pois... Chamaram-me preguiçosa?

E com toda a razão! Devia privilegiar este meu cantinho. Textos não faltam, histórias de que vos podia dar conta, também não, mas...
Sou incapaz de não ler as postagens de amigos, de não ouvir desabafos, de deixar de apoiar quem me procura. Isto só para referir algumas das tarefas mais informais. As questões profissionais têm de ser prioritárias, sobretudo as que respeitam aos seres com os quais estou "engagée" (em português, a tradução mais adequada é "comprometida"). Ao tempo que não usava este termo!
De hoje não passa: quem se deu conta que foi a 20 de maio de 2011 que o meu "EM SUSPENSO" foi apresentado ao público? Bem, não espero que se lembrem. Por isso deixo uns links. Pode ser que haja paciência para recordar...Eu já o fiz!


Bem, nas minhas páginas do FB há mais, pelo menos fotos https://www.facebook.com/media/set/?set=a.215639435123305.55441.100000317509648&type=3 
e como o vídeo n.º 4 não "coube" no you tube; quem tiver conta no FB poderá ver tudo em
https://www.facebook.com/pages/Clube-de-F%C3%A3s-Odete-Ferreira/220754401274321?sk=photos

Não se assustem, só visionará quem tiver tempo...


Obrigada a quem me visita :)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Flor, rosa fogo


 Flor que apanhei na vereda
caminho primaveril que trilho
como espiga de milho
que desfolho enfeitiçada.
Apareceste em forma de rosa
- vermelho carminho.
Sobressaltada te colhi.
Sorridente (te)rejuvenesci!

Em jarra de vidro
construí o teu ninho.
Em sonho te semeei.
Em quadro abandonado
de outras cores te pintei.

Deu cor a sentimentos
Descoloridos, perdidos
em amorfos tempos
que corriam
sem o sal
do teu (a)mar.

Flor, rosa fogo!
Luz de noites escuras.
Estrela guia
da mulher menina!

No caminho
(da vida pergaminho)
és a flor de profético sentido.
Ébria do teu odor, fogo do meu calor…
                                                 
OF 03-05-12
Foto – Autor desconhecido
(Poema escrito para uma temática de um grupo poético no FB) 
http://worldartfriends.com/pt/club/poesia/flor-rosa-fogo 

domingo, 13 de maio de 2012

Pensamento

  O sol pode saber como dourar a pele mas não descobrir como aquecer a alma...
Odete Ferreira 
http://worldartfriends.com/pt/club/prosa/pensamento-1 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Lançamento da 2.ª edição de "Crónicas do Avô Chico"

No dia 6 de Maio, estive presente no lançamento da 2.ª edição do livro do Pedro Jardim "Crónicas do Avô Chico", que ocorreu na FNAC de Stªa Catarina, Porto, pelas 17H. Já começa a ser habitual um grupo de "escrevinhadores" estarem presentes em eventos deste género, desde que ocorram por aquelas bandas. Desta vez, o honroso convite para "abrilhantar" o evento por parte do autor, não podia ser recusado.
















Outros (convites) são-no, pela distância e por imperativos pessoais e profissionais. Sempre com pena, para ser sincera! Foi mais um enriquecimento pessoal e literário! Eis uma amostra...
Odete Ferreira

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Coração de mãe


Podia escrever um poema, mas tu já és o meu poema.
Foi poesia quando no âmago do meu ser, senti o momento do teu nascer. Tal como num poema, tu eras a flor ou o cato, o beijo ou o abraço. O sorriso e o cansaço. Os ciclos das estações do ano e as suas fases.
Tudo foi suportável e sei que o será no coração de mãe embora marcado para um sempre…Um espinho, um simples espinho. Um dia, durante dias, a névoa que te enevoava o olhar anunciou algo que de grave se estava a passar.
O diagnóstico foi terramoto. Os alicerces da minha casa, meu ser seguro, ruíram sem estrondo. Ninguém ouviu este abalo. E tu, um jovem em plena pujança, mudaste a tua vida. Uma vida adaptada à rotina assistida. O meu coração de mãe abriu-se ainda mais forte, vivificado, tal como a flor murcha que bebe as primeiras chuvas. Cada pétala acolhe estados diferenciados da dor, a tua, a minha, a do azar, a surpresa mas também a do encanto do teu sorrir malandro.
Tu, meu poema inacabado, és o cravo desencravado do acaso que te apanhou desprevenido. E prossegues, desafiando o destino no sucesso do teu caminho.
Coração de mãe ou de filho, signos no mesmo patamar do sentido.
Hoje em dia de homenagem à mãe, homenageio-te, meu filho!
Odete Ferreira
Foto-Net- skechbook-mother-and-son

domingo, 6 de maio de 2012

Mãe, três letras, um mundo!

Há melhor verso do que aquele de ter ainda consigo a sua mãe? Há melhor poema do que ser mãe? 

 

 

Haveria poesia se a alma de mãe não estivesse na sua génese? Eis a minha homenagem ao verso, ao poema e à poesia! 

  (Odete Ferreira, a propósito do Dia da Mãe...)

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pobreza (in)visível



Pungente
toda  a significância
que remete a pobreza.
A mais pura rudeza
da condição humana
ligada à sobrevivência.
Dói a sua visibilidade,
marcada
nos rostos escavados,
embaciada
nos olhares ensopados,
cravados,
em chão de terra seca.
Nos cartões vazios
que servem de cama
a sem-abrigos
em vão de escada.

Ausência de identidade,
escravos da sua mendicidade.

São mortos-vivos,
pálido arremesso
do direito consagrado.
Sub-mundo ignorado
do senhor endinheirado.

Impotência
dorida
em alma
empedrada,
repulsada
na obrigatoriedade
de encapotada
solidariedade.

Realidade
que grassa
como erva daninha.
Maldita sociedade
que oferece um nada!
Apenas o desperdício
que descarta como lixo
em bandeja envenenada.

OF 02-05-12
Foto – Autor desconhecido
(Poema escrito para a temática num grupo poético do FB)
http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/pobreza-invis%C3%ADvel