sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Frank Sinatra - My Way (Instrumental)

Um singelo tributo a quem divulgou no seu blogue um texto meu e porque, ao escolher este vídeo, só revela a sua sensibilidade...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Declamação do poema "Pela calada da noite"

 No link que deixo, escrevi um pequeno texto dando conta do meu contentamento...

Aqui há dias, o Joaquim Sustelo do "Horizontes de Poesia" declamou outro poema meu. Chegaram-me ecos de que gostariam de ouvir os poemas declamados. Gentilmente, o Joaquim Sustelo enviou-mos. Contudo só podia divulgá-los no formato vídeo. Solicitei a ajuda do meu filho. É dele o mérito dos vídeos.
Deixo-vos com o poema "Pela calada da noite", declamado e bem suportado pelo belo fundo visual...

Adoro o resultado! :)
http://portate-mal.blogspot.pt/2012/09/scorpions-wind-of-change-moment-of-glory.html

domingo, 25 de novembro de 2012

ENIGMA | MMX Social Song / First version Official

Eis o essencial da mensagem...

Há um ritmo em sua mente
Você vai sentir o poder interior profundo
Oh vamos comemorar todos os dias
Não há nenhuma montanha que eu não possa escalar
A melodia me faz alta
Cantar uma música ao longo do caminho

(Pausar MixPod)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Já não é novidade...

... que escrevo sempre nuns bloquinhos que me vão ofertando e que trago na carteira. É raro escrever em casa, aproveitando breves pausas, quase sempre a tomar um café e preferencialmente, por motivos de trabalho, no final da tarde. Hoje, dia 21 de novembro, rascunhei o n.º 17, com um poema. O anterior foi iniciado em março. Já estaria preenchido, não fora as questões laborais que, este ano, foram agravadas em termos de permanência na escola, retirando horas para trabalho individual (e a correção de trabalhos prolonga-se, prolonga-se mas não sinto nenhuma inquietação por tal - de ansiedade, coração ou quiçá burnout, é que não quero padecer); os meses de outubro e novembro foram parcos em palavras poéticas; por outro lado poupei umas folhitas - facto que a natureza agradece!
Lá fui à farmácia que me havia ofertado o anterior bloquinho. E como saí encantada com um novo, igual ao anterior! Além da oferta de uma esferográfica bem catita! Bem me podem imaginar com uns passinhos mais ligeiros. Se não houvesse estas ofertas, lá teria que gastar uns euros (bendita propaganda médica...).
Posto isto, lembrei-me de  deixar em foto a minha produção literária, manuscrita. Outro dia tirarei aos portefólios, onde arquivo cada escrito com a foto ilustrativa que imprimo a cores. Já me lembrei de "vender" os poemas em forma avulsa, tipo, escolha por catálogo. Mas é só um repente, a arte das palavras não pode ser banalizada. Ocorreu-me um tempo de criança em que as feiras tinham um dia certo e era sempre uma festa: quedava-me junto ao par que divulgava notícias de amores de perdição e histórias de faca e alguidar, cantados em verso, acompanhados do acordeão, tentando, ao mesmo tempo, vender os folhetos em que os ditos cujos estavam impressos...

Mudam-se os tempos mas o espírito de divulgar, de ter ouvintes (leitores seriam poucos, dado o alto nível de analfabetismo), permanece.
Curiosamente o poema que hoje escrevi - tento sempre participar num desafio poético de um grupo no FB -  apelidei-o de "Suprema arte, comunicar". Há cada coincidência...

A qualidade da foto deixa a desejar; não me entendo com o flash!!!!
Odete Ferreira, 21-11-12

sábado, 17 de novembro de 2012

Alma estupidamente doente


Ensopada em carregamentos
negativos 

repulso-os impulsivamente.
Odeio este martelar
de romantismos bafientos.

Gostar de mim,
Apenas.
Inventar atalhos
para o jardim
cheiroso de ervas aromáticas…
Lavanda, alecrim
que toco
involuntariamente,
quando as pernas nuas
dizem um sim.

Lavar os olhos
dos abrolhos
que lágrimas latentes
fazem doer.
Encobrem retinas esverdeadas
(ou acastanhadas)
que estados de almas tristes
fazem empalidecer.

Traço um plano na mente…
Arquiteta experiente
em construção de raiz.
Arquiteta de outra matriz
serei, como aprendiz
em reabilitação desta alma
estupidamente doente.

Quem pode negar
que sentir diferente
não passa afinal
de um sinal
de mera estupidez.
Tal como conjugar
aqueles verbos…
Os tais! Gostar e amar…

OF 09-10-11
Foto Odete Ferreira
http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/alma-estupidamente-doente 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dias que escorrem...



(Pausar MixPod)

Dias complicados.

Agastados.

Esvaziados.

Escravizados.

Tormento de um momento

em que os segundos do tempo

se enfiaram no buraco do ozono.

É, tempo de enraivecido outono.

Ou eu, que tenho dias mal amados.

(Final de uma semana de aulas que culminou como castanhas mal assadas pelo destempero de almas descontroladas...Desabafei!)

Lá fora a chuva fustiga o chão, abrindo brechas em seu coração...

São 10H de uma arrepiante noite. Dou início a mais um serão ...

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Inventor: milagre de criador



Deslumbro-me com as cores
que me pintam o olhar.
Aprecio os esquissos precisos
que me desenham a esvoaçar.
Segredam-me: foi o pintor…

Rio-me às gargalhadas…
Andrajos e suspensórios
do palhaço são acessórios.
De mim, riso saudável!
No palco artista sedutor.
Fora, olhos de dor.

Chego a casa,
mais que apressada.
Horário a cumprir…
Ligo e desligo tecnologia…
Comida pronta a servir.

            (…)

Invento-me personagem
no livro que folheio…
Folhas paisagem
letras imagem
história paragem…
Penso: espantoso escritor!

Num mundo de tantos encantos,
em vidas de tantos desencantos,
nas palavras de tantas línguas
em países a (re)inventar,
nos sonhos de tantas gentes
em almas poéticas a fervilhar…
Há o milagre do redentor
Na pródiga mente do inventor.


OF 07-11-12
Foto – Autor desconhecido

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Participação na Antologia “Horizontes da Poesia IV”



Lá diz o povo com razão “parar é morrer”. Ora, apesar dos compromissos profissionais, vou tentando não descurar um exercício que me fundamental: o da escrita. Recebo bastantes convites para participar em obras conjuntas, sobretudo de poesia, apresentando-se-me sempre tentadores os desafios para escrever em prosa. Contudo, o malévolo tempo não me deixa quase espaço para construir algo de substancial. Vou-me espraiando com uns textitos que escrevinho mais ao domingo, quase como se fizesse parte de um ritual que bem gostaria de manter.
Desta vez respondi (sempre quase no limite de prazos) favoravelmente à participação na referida antologia. Inscrita no site, http://horizontesdapoesia.ning.com/ desde há uns meses, vou divulgando, irregularmente confesso, alguns poemas. 
 Um deles já foi declamado na rádio do site, noticiando esse momento com o meu habitual alarido :)
Recebi ontem e hoje as antologias que encomendei. Aqui fica a prova…

Foto – Antologia e poemas
Poemas:
Palavras rendilhadas em manta de retalhos, p. 162http://portate-mal.blogspot.pt/2011/12/o-natal-de-luz-natural.html
Amar o teu corpo de água, p. 164http://portate-mal.blogspot.pt/2012/08/amar-o-teu-corpo-de-agua.html 
Odete Ferreira   07-11-2012

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Mais um dia um de novembro



Mais um dia um de novembro. Talvez o último em que seja feriado. Não me recordo de o ter vivido com alívio, com alguma satisfação. É um dia pesado como se carregasse nos ombros todas as almas mortas; também a minha, vertendo, antecipadamente, as lágrimas do um voo contrafeito para outras paragens.
Se deixar de ser feriado, talvez me iluda e as lápides evocativas de presenças neste mundo, cumpram a sua missão: a de vigilantes de uma certa perenidade visível. Depois, raios, é raro não ter presente uma partida recente de alguém muito jovem. Parece uma sina!
Decididamente não gosto deste dia. Mesmo que fosse pesado por imperativos profissionais, sempre teria à minha volta caritas vivaças e os risos cristalinos da minhas crianças. E a frase da T. (escrita na recente produção de texto) “Este ano vou sorrir mais à vida.”, prender-me-ia a alma à terra, plantando-a num dos canteiros do meu jardim. Sei que, quem por ali passasse, receberia a poção da vida…
(Costuma-se dizer “não acredito em bruxas, mas que as há, há”. Pois estou no mesmo patamar. De certeza que andaram por perto, apesar de ter entrado nas tradições que, desde há uns anitos, regressaram, abrindo a porta a quem me visitou. Logo, portei-me bem! Em todo o caso, não se devem ter dado por satisfeitas. Hoje o portão não abria e o esquentador só deu água quentinha a quem lhe apeteceu. Nada que tivesse atrapalhado assim tanto a manhã de mais um dia um de novembro…)

Odete Ferreira  01-11-2012
Foto – Autor desconhecido