Obra de Daniel Castro
Amplio
o olhar. Traço-o numa escala de inalcançável dimensão. Pelo menos terrena. Pelo
menos à medida do magro conhecimento que possuo sobre as leis do Universo. Mas
tenho uma mente cognoscível de palavras dispostas em tabuleiros de jogos
imprevisíveis. Alguns, sei que vou ganhar. Outros, provavelmente a maior parte,
serão a roleta que ora se aproxima dos números da sorte, ora se trapaceia para
rir do azar. Sorte e azar! Tão ténue o limite. Como amar e odiar. Como viver e
morrer. Como… o hoje e o amanhã, como a fragmentação do tempo em horas,
minutos, segundos.
Marcas
visíveis na invisibilidade de uma simultaneidade temporal que só o pensamento
domina. A uma velocidade imensurável. Tento retardá-la para resgatar momentos.
Tento acrescentar alguns dados de previsibilidade, tão só para sustentar os
desejos para o novo ano. No exato momento da VIRAGEM.
Consciente
desta impossibilidade, será a emoção pelos amores maiores que me tomará,
levitando-me na semântica do sonho.
E é
por ela que sorrio enquanto me borbulho no champanhe do momento.
Odete
Ferreira (OF)
Acompanhar-vos-ei num brinde a um ANO mesmo NOVO! A não ser assim, 2015
será apenas mais um que enfeitará paredes (des)lavadas da esperança que vai
esmaecendo…Haja crença!