Por vezes reparo no histórico das postagens.
Inicialmente, deixava mais partilhas. Tantos momentos que foram eternizados
neste espaço! Não diminuiu o ritmo da escrita, tampouco as minhas vivências se
tornaram insignificantes.
A verdade é que passei a estar mais ocupada
na leitura de escritos, quer em blogues, quer em sites de poesia, como ainda em
grupos poéticos na rede social do FB, onde, também, vou alimentando duas
páginas. Mas estão magras, coitadas! Consequentemente, a quantidade de
postagens no blogue ressente-se. E confesso: frequentemente, tenho dificuldade
em escolher o que partilhar…
Este preâmbulo foi apenas um aperitivo para o
menu de que vos quero falar, de cariz mais pessoal. Continuei a estar presente
em eventos literários (mais espaçadamente nos últimos tempos, pelos motivos que
conhecem) a participar em algumas Antologias (prosa e poesia), a estar presente
em muitos lançamentos de livros, atividade que deixo registada na página do FB,
afim de não sobrecarregar o blogue.
Repescando o título, tive, desta vez, vontade de partilhar convosco
alguns momentos, ocorridos recentemente, dos quais vos deixo um apontamento
fotográfico.

Amigo desde sempre (Albano Viseu), colega de
excelência, no trato e profissionalmente, aceitei, de imediato, o repto para
falar do autor e obra publicada, aquando do lançamento da obra “A Simbologia
das Palavras” - os sentidos implícitos
nas canções de Zeca Afonso.
Encantado momento literário, abrilhantado
pela atuação de colegas cantando algumas das canções alvo de análise na obra.
Os presentes pediram bis, no final, acrescentando as suas vozes à canção “Venham
mais cinco”.
Uns dias mais tarde, sem falsa modéstia
(defeito de que não quero enfermar), soube-me bem, mas mesmo muito bem, o
almoço/homenagem com que os colegas do departamento de Línguas e Ciências
Humanas e Sociais me presentearam.
Emocionei-me? Mais do que isso! Rolaram umas
lágrimas cristalinas. Valeu-me não ter posto rímel. Discursei? Não! Falei
apenas, nem sei de quê! Orgulho foi ver e sentir que, junto de tantos
intervenientes educativos, fui e continuarei a ser uma referência.
Este e tantos outros momentos de reencontro
conferem sentido à nossa vida terrena. Pouco a pouco, vou-me desfazendo de
dossiês pessoais. Sem qualquer constrangimento. Contudo, se tento fazer o mesmo
com os dos alunos, ainda não sou capaz de os enviar para a reciclagem. Até quando?
Não sei…
Odete Ferreira – 16-07-2014
(Concluídas
as obras, reorganizada a casa, é tempo de passar para o Word o que rabisco no
bloquinho e de retomar as visitas aos vossos espaços. Ainda não será com a
celeridade que gostaria. O calor amolece e, de manhã, tenho de apanhar uma
horita de sol, num resguardado recanto do jardim. Recomendação médica e eu cumpro
de bom grado.)