Este
chão molhado
-água
que foi rio-
ensopado
do pão
que
um dia foi
seara
de amarelos de tela,
é
pertença do céu.
Apenas
em alguns dias do ano
se
transforma no vinho da terra
servido
em cálices de chuva.
Sei
de lugares onde as bebedeiras
caem
em forma de rituais.
Por
outro lado, é no tempo da ressaca
que
jazem definhados os ais.
OF
(Odete Ferreira) – 09-01-16
Olá, Odete!
ResponderEliminarSabemos de lugares que há muito não se sente o cheiro da terra molhada, porque já não caem as águas que já foram rios; sequer uma gota do vinho da terra, por culpa dos homens que embriagaram-se sem escrúpulos e surdos aos insistentes ais!
Grande beijo!
A ganância e a ânsia de poder, transformam a terra e envenenam o planeta.
ResponderEliminarUm abraço
Boa tarde, existe terras que secam por falta de agua, julgo que as mesmas secam por conveniência de quem tem o poder de fazer secar tudo que lhes pode causar problemas, vivemos numa ressaca com a esperança que esta acabe um dia.
ResponderEliminarAG
Um belo poema minha amiga e estou de acordo com o comentário da Elvira.
ResponderEliminarGostei.
Um abraço e bom fim de semana.
OI ODETE!
ResponderEliminarAIS DE TRISTEZA, PELA SECURA DA TERRA E DAS ALMAS QUE A DESTROEM.
LINDO AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Um dos mais recentes que mais gostei por aqui :)
ResponderEliminarTristes "ais", que mostram desesperança. O que foi já não é e a terra de Deus já não produz. Seus versos são um sentido grito, mas formulado com grande beleza. Bjs.
ResponderEliminarUm poema muito belo e reflexivo. É preciso um milagre de manhãs claras para que haja sempre um rio que nos purifique a sede...
ResponderEliminarUm beijo.
Será por isso que valem a pena os rios sem margens...?
ResponderEliminarO poema é excelente, gostei imenso.
Boa semana, Odete.
Beijo.
Belos os teus cálices e as tuas telas , Odete !
ResponderEliminarAmei !
Beijinho
No silêncio da ressaca de momentos de euforia se bebem as melhores colheitas.
ResponderEliminarbj
O teu belo poema me fez lembrar o Nordeste brasileiro e o descaso a que tem sido votada a tragédia das suas secas
ResponderEliminarBeijinhos, amiga :)
Terra de ventura, Odete, cantada por uma filha da terra. E que canto!
ResponderEliminarUm beijinho :)
O rio que te corre nas veias, cresce dentro da tua identidade.Justa indignação quando o que se constrói é destrutivo.
ResponderEliminarBela Poesia com gritos dentro.
Beijo
SOL
Odete , seu canto sentido e belo nos encanta e emociona . Obrigada . Beijos
ResponderEliminarBelíssimo!!
ResponderEliminarA chuva em algumas regiões (aqui no Nordeste)
seria poesia abundante para vida de quem vive
quase no deserto!...
Que bela sensibilidade, minha amiga!
Beijos saudosos.
Um poema brilhante! Sempre gostei muito da tua poesia "surreal", que não é no fundo, verdadeiramente surreal.
ResponderEliminarParece-me que por mais que a terra tente é o céu que tudo determina, porque a chuva invade e molha as sementeiras e tantos cálices de chuva, farão da bebedeira da terra uma ressaca de ais.
Qualquer dia estou de volta! Agora ando a comentar os amigos. :-)
xx
Olá Odete, excelente poema....
ResponderEliminarCumprimentos