Obra de Vladimir Kush
Vigiei os andrajos por muito tempo
não fossem alguns raios de sol tardios
despertar os gestos antes de dezembro.
Nada deve perturbar o silêncio natural
de dias esquecidos pelas neblinas duradouras
e a despedida dos amantes.
A mudança das estações tem apeadeiros certos,
ainda que a incerteza
possa confundir os relógios de corda.
É na espera das celebrações
que um homem é mais Homem
e uma mulher será mais plena.
É na espera do homem das neves
que a criança dos frios reinventará os invernos.
Todos eles. Os do tempo e os da vida.
OF – 20-01-16
Acabei de escrever num outro blogue de poesia, que tenho grande dificuldade em comentá-la a ela, a poesia. Sempre pensei que poesia sente-se, não se comenta. Por isso só sei dizer se gosto ou não gosto. E gostei do poema. E também do quadro. Muito.
ResponderEliminarUm abraço e bom Carnaval
O quadro é lindo e o poema está totalmente à altura.
ResponderEliminarMinha amiga, que o teu Entrudo seja alegre!
Beijos e abraços
Tudo se move
ResponderEliminarBj
Reinventar os invernos. Não perturbar o silêncio natural dos dias. Saber ser criança para que toda a inocência cubra o olhar de fantasia. E, apesar de tudo e de nada, saber que a vida e o amor são o que de mais importante temos...
ResponderEliminarO teu poema, amiga Odete, é muito belo! Gostei da imaginação e do ritmo e da musicalidade...
Um beijo.
É na espera... que um homem será mais Homem e a mulher, será mais plena...
ResponderEliminarLindo o seu poema, Odete!
Beijos e muita Paz!
As sensações do tempo estão na epiderme! abraços, divina poesia
ResponderEliminarUma bela reinvenção num belíssimo poema minha amiga, gostei bastante.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
~~~
ResponderEliminarReinventemos, sim, os invernos...
~~~~~~~~ T o d o s!
~~ «Os do tempo e os da vida.»
~~~ Foi esta nota de esperança
~ que mais me agradou neste poema
~~~~~ tão dorido, como belo...
~~~~~~ Abraço, Poeta amiga.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Sublime!!!.. Gosto imenso!
ResponderEliminarOi, Odete!
ResponderEliminarReinventar o Inverno de nossa vida, mesmo atrasando nosso relógio de corda, não é tarefa para seres comuns, mas, para super humanos cúmplices, fortalecidos no amor, à espera das celebrações!
Foi assim que eu interpretei seu belo poema.
Beijos!
Estamos sempre em ritmo de espera, nas estações e na vida. Não podemos alterar o caminho natural das coisas e do sentir, mas podemos valorizar o amor, a simplicidade e a pureza, fortalecendo-nos para o inverno. Meus aplausos, querida Odete. Bjs.
ResponderEliminarOlá Odete; excelente poema....
ResponderEliminarCumprimentos
Nada como um inverno descrito e recriado
ResponderEliminarpor uma Grande Poeta, a música das palavras
trazem um significado especial de ser lido!...
Adorei, querida amiga!!
Uma semana inspiradora para ti!
Beijos.
Odete , seu poema é de uma doçura que encanta . Belíssimo ! Muito obrigada por partilhá-lo . Aproveito para lhe agradecer o carinho de suas palavras no meu espaço . Beijos e boa semana .
ResponderEliminarNada é tão prolongado como o tempo do sentimento ausente.
ResponderEliminarbj
às vezes custa tanto "mudar de estação", mas todo o tipo de calendário, por mais metafórico que seja, tem no poema e fora dele, a sua inevitabilidade. Pode existir confusão nos relógios de corda, mas toda a celebração e reinvenção acontecerá.
ResponderEliminarBelíssimo poema, Odete.
xx
Cada coisa no tempo certo, com a sua carga simbólica...
ResponderEliminarUm belo poema, Odete! Mais um.
Um beijinho :)
Recriar o tempo é como recriar a nossa vida interior. Em nós também existem, sempre vivas, as quatro Estações. É só tirar delas o seu encanto.
ResponderEliminarAmei.
Beijo
SOL