Não são as rosas as flores
da Paixão,
nem a sua cor é delas
natural.
Abrem sorrisos e caminhos de
amor.
Carrega volúpia, o perfume,
nos dedos que afagam pétalas
ou as desfolham em leitos
brancos.
Coincide o seu esplendor com
o tempo
da Paixão - a do Senhor dos
Passos,
os passos da dolorosa
subida…
Que digo eu das
rosas, sacrílega?
Apenas esquissos, olhares de
soslaio,
ignorando a base. E as
hastes! E os espinhos!
A metáfora redonda
- não há rosas sem espinhos
-
Os espinhos que Ele levava.
O sangue de vida - eterna -
O sentido do tempo da
paixão…
Mas volto às minhas rosas.
E ao arco que as suporta.
E apreendo todo o tempo
- o da passagem -
e o da memória de todo o
tempo-vida.
Odete Costa Ferreira 17-04-19
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Foto de Odete Costa Ferreira.
Agradeço, enternecida, as visitas e o carinho manifestado nos comentários, que fazem o favor de deixar, apesar de não os poder retribuir por motivos ligados, essencialmente, ao cumprimento de funções na direção da Academia de Letras de Trás-os-Montes, como bem sabe quem que acompanha há algum tempo. Abraço-vos.
Uma associação que faz o teu poema muito especial.
ResponderEliminarSaudades...
O menino que aqui nos apresentaste - teu imenso amor - deve estar um homenzinho. Para ele, beijinhos.
Gostei de constatar que estás bem.
Uma Páscoa plena de paz e contentamento, retribuindo o carinho dos teus amados.
Um longo e terno abraço.
~~~
Viva quem é viva e tem
ResponderEliminarsangue de eternidade.
A memória é porém
de quem a tem
e cada um, mal ou bem,
a guarda com a ideia que tem.
Fiquei contente por te ver na minha janela e, sobretudo, das Rosas.
Um beijo pascal.
Bonito poema.
ResponderEliminarAmiga, desejo-lhe uma Santa e Feliz Páscoa.
Abraço
Querida Odete
ResponderEliminarUm poema lindo para nos falar da Paixão e também da Ressurreição.
Não há Rosas sem espinhos, é verdade, e assim a vida com os seus
altos e baixos.
Minha amiga, não te preocupes com as visitas. Sempre que vir publicações
tuas aqui me terás e com todo o prazer.
Feliz Páscoa, junto à Família. Um miminho especial ao teu neto.
Beijinhos
Olinda
Lindíssimo, Odete! Já tinha saudades de te ler. Sim, é costume dizer que não há rosa sem espinhos nem alegria sem sacrifício. Fizeste bem a analogia com a Paixão de Jesus a quem puseram uma coroa de espinhos… Compreendo quando dizes: apreendo todo o tempo - o da passagem - e o da memória de todo o tempo-vida." Desejo-te uma Páscoa muito abençoada.
ResponderEliminarUm beijo.
Obrigada pelo carinho das tuas palavras, mas não te preocupes em comentar...
Tudo pelo melhor
ResponderEliminarcom a flor de Abril
ResponderEliminargostei muito do subtil jogo semântico das pétalas da rosa e o seus espinhos
afinal também as rosas são flores de paixão - humaníssima paixão!
belissimo! gostei muito, Odete
beijo
Um poema belo e forte. Excelente, minha amiga.
ResponderEliminarOdete, um bom 25 de Abril e um bom fim de semana.
Beijo.
Vozes ao alto
ResponderEliminarVim deixar um beijo de domingo.
ResponderEliminarOdete Costa Ferreira,
ResponderEliminarRealmente que não são
As rosas uma paixão,
Pois a paixão verdadeira
Carece por mensageira
Rosa vermelha em atenção
Ao ser que se ama; e então,
A rosa segue na esteira
Da doce história de amor
Que prossegue e como for
Vai com a rosa a iluminar
Toda a paixão, como a flor
Que deu luz e esplendor
Aos corações num altar!
Grande abraço! Laerte.
Com saudades desse cantinho lindo, vim te ler e gostei muito!
ResponderEliminarDeixo pra você meu carinho e um beijo, amiga.
Uma boa semana, Odete.
Olá amiga. Um poema maravilhoso que amei demais. Já tinha saudades de passar por aqui. Estive a pôr a leitura em dia. Beijinhos com muito carinho e admiração
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