quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dói-me tudo...

Estou triste...Dói-me o corpo, porque sinto já o estrago que as flechas da tomada de medidas ainda mais gravosas irão provocar...Dói-me a alma, porque irei estar ainda mais em comunhão com outras, já neste momento muito sofredoras ...Dói-me o coração, porque não poderei fazer muito mais...
Os dedos, cansados de trabalho urgente e com tempo marcado, serão o instrumento mais útil, nos próximos tempos: um toque, um afago...Como serão necessários!
O olhar, ainda mais atento, e o sorriso, terão que ser uma constante na minha postura, escondendo de mim própria a tristeza que sinto e sentirei...
Sinto-me só mas não posso admiti-lo... Há sempre alguém pior que eu. Em muitas das produções de texto que corrigi nestes dias, regozijei-me com a sensibilidade de vários alunos e alunas (o tema central do texto versava sobre uma rapariguinha que roubara uma maçã para comer...)
Um dizia "Um dia o mundo há-de melhorar, se não perdermos a esperança".
O que eu não quero é sentir "um vazio no meu coração", como dizia uma outra!

Hoje, precisava de escrever isto...

8 comentários:

  1. Considera este meu comentário como um afago...

    ;)

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  2. :(

    bji, querida.
    Palpita-me que tb eu vou precisar desse teu afago.

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  3. Considerei, oops!!!...Agradecida! :)

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  4. Nestas coisas da afectividade,
    há que haver reciprocidade...
    Afagos, abraços e toques suaves,
    curam, no ser humano, suas dores...

    (Hoje já redobrei a atenção; hoje já afaguei o menino que chorava por ter baixado bastante a nota no teste de LP...)

    Bjos sentidos, me(Nina) :)

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  5. Caracol, isso não será pedido para fazeres a pessoas que se dedicam a jogos?

    Eu não jogo... quando os tenho é MESMO para aplicar na minha casa!!! :)

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  6. ines f. ou pimenta(alborada)13 abril, 2011

    Doce Odete..como te entendo trabalho a diário com a miséria,a velhice abandonada a criança incompreendida..com os desastres e catastrofes naturais e a que o homem com o seu orgulho prepotencia e ¡desaire leva à vida dos demais sem contemplaçoes(trabalho com a cruz vermelha faz muitos anos)...Às vezes também faz falta esse abracinho,ese toque que tanto anima a alma...esse entendimento que se reflete nas palavras dos teus alunos...Nao há que perder a esperança..sempre há um amanha!!
    Beijo cálido minha querida

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  7. Ainda bem que falas um pouco desse teu trabalho humanitário (respondi primeiro ao outro tag, portanto não sabia deste teu lado)...
    Só almas sensíveis e sensíveis aos outros, são capazes de estar perto de problemáticas que sempre nos abalam; contudo, temos essa força para nos esquecermos de nós e nos concentrarmos no outro.
    E sim, há sempre um amanhã ou vários momentos de um amanhã. Lembro-me sempre de uma canção francesa da época da 2.ª guerra mundial- Les lendemains qui chantent...
    Bjo amigo :)

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