Espreito por entre o olhal
da velha ponte, desigual.
Símbolo de longa história
da cidade, curta na memória.
Troca-se o rio pelo mar.
É fonte de inspiração mais vulgar.
Excepto os Camões famosos
que de Tágides são saudosos.
Os rios correm p´ro mar!
Quanta ânsia em chegar!
Quantas represas são erguidas,
retardando despedidas.
Os jogos são diferentes…
Lisos, diversos, reluzentes.
Acompanham brincadeiras,
Cortando a água, certeiras.
A água ondula suavemente
e geme tão meigamente!
Soltam ais tão doces…
São carícias, não dores.
Este rio, outrora selvagem
virou espelho! Miragem
de turistas. Comparam o repuxo
a cidades europeias, de luxo.
Neste espelho de água
perpassa alguma mágoa
do passado. A flora de outrora
vê-se no fundo, a certa hora.
Em madrugadas saudosas
de lavadeiras prestimosas,
em noites de lua cheia,
por almas feitas sereia!
É o meu rio…
A ele dedico o sorriso
deste dia já ensolarado.
Com um olhar límpido
e de emoção, liberto!
Não te deixo, meu rio!
Navego-te…E sorrio!
Ainda é nosso, é.
ResponderEliminarEsperemos que o FMI não o leve...
;)
Ok, nosso...Meu, teu e ainda transmontano, essencialmente! Não vale a pena falar nos afluentes!
ResponderEliminarSempre me fazes sorrir, oops!!!
:)
Tb o acho meu. Posso?:)
ResponderEliminarA "minha parte" era um pouco mais abaixo e ainda hoje a considero como pertença minha.
bji, querida.
O poema está lindo!
Claro que sim, querida...
ResponderEliminarÉ lindo, aqui, espraiando-se em espelho de água, mas encantador antes de aqui chegar e depois da ponte Europa!
Obg, por teres gostado de mais este bocado poético (não me apeteceu dizer poema :) )
Bjuzzz :) :)
É lindo o poema e também o rio, Fosse o meu Rio Ave, aqui perto do mar, tão belo quanto esse rio :-), mas este perdeu-se, está vestido de preto...
ResponderEliminarBjs
Boa semana
Antero
http://antero-oliveira.blogspot.com
(Não vem ao caso, mas lembrei-me agora que um dia alguém me disse que antigamente, os peixes neste rio, nadavam a subir rio abaixo...)
ResponderEliminar;)
(tinhas que aqui vir!
ResponderEliminarTu percebeste o meu lapso, não foi doce EU?:))
bji
O nosso rio é um pouco como o ventre materno!
ResponderEliminarÉ muito nosso!!!
Nele mergulhamos e a sonhar navegamos
assim, poeticamente...
Até os peixes nadam "a subir rio abaixo"
Bjuzz Odete :) :) :)
Nina, este oops!!! não tem emenda... Desvaloriza... (Nem imaginas o que me estou a rir!):) :)
ResponderEliminarBjuzzz
Teresa, ainda muito ocupada mas por uma boa causa, fique atenta!
ResponderEliminarAssim é, embora tenha outros poemas marcados pela tragédia (e muita tristeza) neste mesmo rio...
Poeticamente, até podemos pôr os peixes a dançar ou imaginá-los sereias!
Obg, amiga, bjinos :)
Rios vestidos de preto, são uma desolação e, se fonte de inspiração, o poema ficará enlutado, certamente...
ResponderEliminarNão conheço o Ave (depreendo que conheça o Tua)mas é sempre criminoso o que se faz à agua, no que respeita à poluição. Mundo muito imperfeito, este!
Obg, pela apreciação, J. Antero.
Boa semana, também :)
Ao menos, isso, minha querida.
ResponderEliminarNão temos que ir ao circo. Já viste bem a nossa sorte?:))
bjis mil
(O silêncio também é um dos milhões de conceitos...)
ResponderEliminar;)
(arre que não se cala!)
ResponderEliminarDoce poetisa,
encomenda-se um poema sobre gente linguaruda, fachefavô!:))
Trouxe-me a curiosidade, logo dei com umas maravilhosas quadras rimadas a meu gosto.
ResponderEliminarBeiji amiga.
Natália, obg pela visita...No "Links de Blogs e Sites" já deixei um breve tag...
ResponderEliminarBjinho :)
Pois não Nina, é melhor ignorar...Fica a remoer o desafio! Mas nada prometo!
ResponderEliminarBjuzz :)
oi, Odete, adorei passar por aqui!
ResponderEliminarQue belo poema... E belo espaço! Parabéns! Passo a seguir teu blog...
ResponderEliminarAbraços!
Oi, Sílvia, obg...Bjinho :)
ResponderEliminarOi Celso: esqueço-me de ir ver os comentários, por isso só hoje vi o que vc deixou. Obg, pelo elogio, irei visitar teu espaço também. Abraço :)
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