5 de Outubro. Retomámos o ano letivo a 15 de Setembro. Escrevi um post sobre intenções de estratégia para os alunos que me fossem atribuídos. Não se me afigurava nenhum perfil de turma mas fosse qual fosse, era assim que queria experienciar algo de substancialmente diferente das ditas (e gastas) apresentações que, certamente, redundarão em fastidiosas para os alunos, após a repetição de estratégias idênticas. É uma das minhas características: estar de um lado, o meu lado, mas, como se fosse omnipresente, estar do lado de lá, incorporando cada um daqueles seres que sempre se sentem expectantes face a um novo(a) professor(a).
Face a experiências adquiridas e assimiladas pelo natural processo de questionamento e reflexão, quer pessoais, quer profissionais, a estratégia pensada passaria por algo deste género: os meus alunos teriam de ficar capacitados que iriam ser os melhores alunos do seu ano; ao seu lado do estaria uma “corredora de fundo”, logo seria uma estupidez da sua parte não tirar proveito deste recurso.
Eis senão quando, num blogue que visito regularmente, me deparei com uma referência “ao poder da acreditação”. De imediato a estratégia pensada, encontrara algo que se me afigurava como tremendo, para o tal pontapé de arranque. Um vídeo, real, cujo protagonista, sendo um menino ainda pequeno, se apresentava poderoso. Pedi autorização para o usar. Concedida, com todo o prazer…
Primeira aula de Português. Entrada na sala. Alunos que se podiam sentar onde quisessem (mais tarde haveria tempo para definir algumas regras, sempre mínimas, mas que faço cumprir escrupulosamente). Apenas um breve cumprimento. Alunos com um ar um tanto atarantado…
Após os recursos estarem ligados, projeção do vídeo (2/3 vezes). Seguiu-se a fase da sua discussão, entre os alunos. Sempre com a mínima intervenção, escreveram, após, o que quiseram, num quarto de folha, entretanto distribuída. Ilustraram, os que assim entenderam. Em seguida, cada um veio ler o que escrevera, havendo, então, lugar à apresentação mútua. Surgiu um episódio curioso e hilariante: um dos meninos, nesse cumprimento de boas-vindas, inclinou-se e beijou, respeitosamente, a mão da professora. Sim, repetiu-se a cena para registar em foto o momento. O clima que pretendia estava criado. Queria-os convencidos da sua capacidade e da competência relacional da sua professora. O caminho, que sempre está pejado de pedras, ficaria mais limpo, as pedras mal seriam notadas ou chutadas para canto.
O vídeo que ficou conhecido como “O poder da acreditação”, é te tal modo cativante http://www.youtube.com/watch?v=OVKb6ZwEqxU&feature=player_embedded que provocou reacções de espanto, de auto-motivação e vontade. Do que foi escrito, tudo deveria ser transposto para este post. Sendo impossível, optei por um bilhetinho que retratará o efeito que provocou.
Obrigada, Rui, (http://coisas-da-fonte.blogspot.com/) avô orgulhoso deste menino prodigioso, pela forma como nos dá uma lição de vida…
Odete Ferreira
Virei lê-lo com muita calma, mal me sinta menos cansada.
ResponderEliminarFica o meu beijinho, querida.
Olá Eu! Bem-vinda ao nosso blog! Já valsei no teu, e como diz o meu Fandango,"estranha" dança:)
ResponderEliminar(Com o poder da acreditação)
Não há portas nem janelas, virás mesmo que não esteja :)
ResponderEliminarBjos, me(Nina) :)
Olá Valsa! Por acaso o meu pai ensinou-me a dançar valsa, tango (fandango, acho que não era usual), o resto aprendi sozinha! :)
ResponderEliminarConcordo, o fandango é um pouco estranho, não é por acaso que se usa muito como expressão popular!
Mas se seguir o diretriz do miúdo, acredito que aprendo depressa...
Obg pela visita :)
Pronto!
ResponderEliminarJá li com a atenção que me merecem os teus textos.
Já tínhamos conversado sobre o assunto, mas, mais uma vez, deixa-me elogiar o quadro brilhante que passas através das palavras.
Estava a ler-te e imaginei o cenário...ou melhor, revi-o, como na altura em que mo contaste.
Há miúdos com sorte!:)
Beijinhos, querida.
(vou fazer um teste para o 9º:))
Tem um excelente dia!
Acredita que foi uma experiência riquíssima...Tentei cingir-me ao essencial mas a verbalização dos alunos, após o visionamento do vídeo, foi algo de muito especial, não traduzível por meras palavras!
ResponderEliminarSe abrir um blogue para esta turma, tudo irá para lá. São de várias aldeias mas como fico feliz que o meio rural já não seja o que era! E nada me dá mais prazer do que apostar no nosso capital humano! Creio no seu potencial!
Obg pela atenção que concedeste ao texto!
Bjos, me(Nina) :)