sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Desculpa-me, criança do meu país



Esperança?
Sentir inerente
à condição humana.
Condição indigente
num tempo sem hora
do reverso em crença
no eu onde já não mora.

Diluiu-se nos fluidos
que da alma escoa.

Apenas no sorriso se esboça.

Não no amarelo trocista,
não no verde esperança.
Apenas…
No vermelho como o sangue
que colamos na bandeira
de um desesperançado país
sem eira nem beira…

- Desculpa-me, criança do meu país
nem em reles poema te fiz feliz…

OF 12-12-12

10 comentários:

  1. É como costumo dizer: até para nascer é precisa sorte!
    Belo poema, querida.
    bji

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    1. E como sabemos isso, Nina!
      Quantas circunstâncias condicionam o crescimento global de uma criança!
      Se toda a gente tivesse isso presente, os "rótulos" só existiriam naquilo para que foram criados...

      Bjo, querida

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  2. Tudo se conjuga para que deixemos às crianças um país pobre e sem esperança.
    Oxalá tudo mude e não seja preciso esperar 20 ou 30 anos por um crescimento económico que permita que todas as crianças tenham pelo menos o essencial.

    Reles poema? Nem pensar, é um magnífico poema e eu gostei muito.

    Odete, minha querida amiga, tem um bom resto de domingo.
    Dado que posso não voltar aqui antes, aproveito para te desejar um Feliz Natal, para ti e para os teus.

    Beijo.

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    1. Nilson, nada a acrescentar ao que deixaste.

      Ando, de facto, muito desesperançada...

      Obg pelos votos, retribuo. Que tenhamos ânimo para fazer renascer o fogo de apagadas cinzas!

      Bjo

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  3. É por seus olhos que tudo renasce

    Bjo.

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    1. Os olhos, oportuna referência, amigo Filipe.
      Pode-se esquecer outro pormenor qualquer mas o que o olhar nos diz, nunca mais nos sai da retina!

      Bjo

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  4. Minha querida

    Obrigada pela visita e palavras de carinho.
    E quanto ao poema está maravilhoso e infelizmente muito real.

    Um beijinho com carinho
    Sonhadora

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  5. Querida Rosa Maria: obg pela apreciação...Era bem melhor que fosse apenas fantasia poética!

    Bjo também de carinho :)

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  6. Querida amiga,

    Um sentido e necessário poema,um grito a favor

    daqueles, que a esperança é a última que

    morre...

    Ficando,cada vez mais difícil sonhar...

    Beijo no teu coração!

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  7. Lembrei-me de clicar nos comentários, senão não o veria e seria imperdoável não lhe dar a atenção que merece, querida Suzete...

    Penso que já deduziste que sou professora, então torna-se difícil transmitir esperança às crianças e jovens, quando ela já não tem morada certa no nosso interior...

    Contudo, o ânimo para lhes fazer ver o quão necessário é que se impliquem no seu crescimento escolar e pessoal, não falta!

    Minha amiga, bjo na tua linda alma :)

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