Presa em espartilho de sedas,
a alma se soltava em sonhos
desatando, paciente, as amarras
que desencatava em todos os portos,
de navios, barcos, barcaças
que assim soltos,
beijavam todos os seres
abrigados nas suas carcaças.
A cadência das marés
era o canto das sereias.
O berço aconchegante de sorrisos.
O baile de ritmos ondulantes.
O sono de pesadelos despido.
Nos barcos de recreio
amava-se sem receio.
Corpos colados em suspiro
de despudor despido.
A alma viajante intemporal
Assistia, deslumbrada,
aos afetos sentidos
reencontrados, em amor carnal.
De olhar enevoado
por lágrimas salgadas
que doces ondas soltavam,
a alma suspirava…
Envolveu-se nos seus laços,
tiras de fino linho.
Esgueirou-se de mansinho
adormeceu nos abraços
dos amores presenciados…
E estes iluminados
sentiram-se abençoados.
OF 22-07-2011
http://worldartfriends.com/pt/club/poesia/soltando-o-espartilho-da-alma#comment-157862
Linda esta envolvência marítima!
ResponderEliminarQueria também dar-te um abraço pela tua participação na Antologia de Inverno.
Fico muito contente.
Não consegui comentar no local.
Parabéns amiga. :)
Mereces.
Bjuzz
Olá, amiga Teresa: obg por também me acompanhares neste voo de alma vagabunda...
ResponderEliminarQuanto à Antologia, já viste a postagem, onde narro o convite e inclusão do poema. Fico, pois, grata por te associares a este momento.
Bjuzzz e bom trabalho literário aí pelo planalto! :):)
Há espartilhos assim...
ResponderEliminarMas excelentes poemas como o teu, não há muitos...
Beijo, querida Odete.
Olá, Nilson...
ResponderEliminarHá, por isso necessário desatá-los!
Quanto aos meus escritos, fico grata quando alguém lê e gosta!
São sempre incentivos, se bem que não pretenda ser nada de especial a nível literário!
Bjo, amigo (enriquecedora a tua visita, pois gosto muito dos teus poemas). :)