Florinhas
em bicos de pés
espreitam
a sala vazia.
Na
mesa, a caixa de rapé,
no
sofá a almofada de fantasia.
Lareira
apagada,
casa
desabitada,
donos
em debandada,
crise
instalada.
O
25 de abril dos cravos,
cantado
anos atrás,
parece
ter-se evaporado
e
o sorriso emudecido.
O
olhar entristecido
vagueia
ao acaso,
indiferente
ao tempo fugaz.
Revolução.
Evolução
do princípio do desenvolvimento.
Expulsão
de sentires de natural sentimento.
Devolução
de silenciados genes da mente.
Quem
contraditar, mente!
OF
24-04-12
Foto – Autor desconhecido
O tempo em lenta (des)evolução...
ResponderEliminarE um lento silêncio
Importante teus versos
Bjo.
Obg, Filipe pela presença e registo.
EliminarHoje, particularmente, "sinto" a importância do escrito...
Bjo
Gostaríamos de cantar Abril mas,
ResponderEliminarhá uma lágrima ao canto do olho...
Como no teu oportuno e entristecido poema:
Revolução (em retracção).
Xi coração.
Verdade, amiga Teresa....Que mais dizer?
EliminarAgradecida (fez-me bem a tua presença).
Bjo (apenas, sem sorriso...)
Foi exatamente assim que senti Abril, hoje. Com inquietação, com medo, procurando abstrair-me nas pequenas coisas que ainda vou podendo fazer.
ResponderEliminarBelo poema. Bela imagem. Assim fossem os tempos vindouros (sem a tristeza aqui contida)
bji, querida
Já tive oportunidade de dizer, num grupo poético onde divulguei este poema, que nem sequer liguei a TV, durante o dia para ouvir fosse o que fosse.
EliminarPortugal nunca mais se "cumpre" (já era desejo de Fernando Pessoa...)
Mas estou cá, para o que der e vier!
Bjo, princesa Nina
Belo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Obg, Fernando Santos por ter gostado...
ResponderEliminar(Tive oportunidade de o dizer na Assembleia Municipal, de que faço parte, no dia 27 de Abril...)
Bjo :)
também já faz anos que nao oiço noticias neste dia nem leio..nem rememoro...OS CAPITAES..que tanto necessitavam desta revoluçao..Esses interesses comprometidos que tanto se falaram..foram pura propaganda;(politiquices)!!Se supoe que era uma revoluçao para o povo?¿Já passaram anos demais para que ainda o povo seja "inocente"!!A tristeza deste poema..é quase o sentir de dum 90 por cento do povo!!!Obrigado por escrever-lo por ser a voz..beijo grande
ResponderEliminarPensava que só era eu! Afinal, tenho parceira...Rejeitei ouvir fosse o que fosse, foi o meu isolado protesto!
ResponderEliminarQuanto ao que deixas escrito, subscrevo...
Obg pela tua presença.
Bjinho, querida amiga