Obra de Pablo Picasso
Dizem-me da tua solidão.
Sentado no teu canto.
Supostamente em contramão
do rebanho que se confunde
na obscuridade de um tempo nebuloso.
Duvido dessa solidão.
Sei da tua sensibilidade,
do teu olhar mar,
da tua faminta curiosidade,
do recolhimento embevecido
na sapiência do Mestre.
E ficas tão pequenino!
Contradigo essa solidão.
Procuro dispersar as ovelhas.
Encher-lhes as orelhas de espanto.
Baralhar os caminhos.
Soltar as represas.
Fazer enxergar o miudinho.
E fico tão pequenina!
Acrescento-me nessa solidão.
Das árvores conhecemos os ramos.
Teias intrincadas de saberes.
Dos horizontes sabemos nada.
Universos mágicos para lá das nuvens.
Sentados, de mãos dadas, sonhamos utopias.
E continuamos pequeninos!
OF- 12-11-14
Boa tarde, reconhecer a sensibilidade, contribui para o crescimento dos sentimentos e para que estes, possam ficar mais consolidados.
ResponderEliminarParabéns pelo seu lindo poema.
AG
A solidão nunca vem só
ResponderEliminartrás sempre um verso solo
reduzindo-nos à una dimensão de Sermos
poema
(..)
Com uma belíssima sensibilidade
e uma inegável profundidade
que nos toca e inquieta
Um dos teus melhores poemas
Bjo amigo
A solidão é uma tragédia pessoal de que enferma muita gente.
ResponderEliminarUm abraço
Um belo poema e como é bom sonhar utopias.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
~~~
ResponderEliminar~ Valorizemos as utopias...
~~~~ B e l í s s i m o.~~~~
~ Criatividade de mestre! ~
~ ~ ~ Abraço, Poeta. ~ ~ ~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Odete , belíssimo poema . Sensibilidade é sua marca , amiga . Parabéns ! Beijos
ResponderEliminarSó as utopias são incomensuráveis
ResponderEliminar"Recolhimento embevecido". Bela colocação. A pequenez visível e aparente enconde a sapiência. O conhecimento é luz que clareia o perto. Para os horizontes desconhecidos, alimentamos sonhos. Ricos e belos versos. Bjs.
ResponderEliminarPequenez não é coisa que tu tenhas, amiga!
ResponderEliminarBeijinhos e bom fim de semana
Um poema muito sensível. É bom cultivar a utopia...
ResponderEliminarUm beijo.
Oi, Odete!
ResponderEliminarPara quem é curioso e atento ao mundo, a solidão pode sinalizar decepção. Quem estará mais certo ou quem está de todo errado? Respeitar a natureza das coisas é muito complicado para alguém "normal" (rs*)
Boa semana!
Beijus,
Votos para que tenha uma excelente semana.
ResponderEliminarAG
Lindo poema!!! Maravilhoso!!!
ResponderEliminarDesejo-te uma linda semana!!!
Beijos e beijos
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Pequeninos ficamos diante da dimensão deste poema e ao
ResponderEliminarmesmo tempo engrandecido com esta obra de arte poética,
este teu sentir poético que nos inunda a alma com a
solidão fértil e os sonhos repletos de utopias,
belas utopias refletidas de olhares de infinitos...
Adorei!!
Bjos, Querida amiga.
Sinto-me bem aqui com o que escreves embora seja difícil comentar.
ResponderEliminarContinuarei assim.
Bj
Sou pequeno diante de tamanha grandeza e ínfimo perante a ciência Poética que me deixa a meditar no que seja a solidão.
ResponderEliminarPoema precioso, Odete. Parabéns.
Beijos
SOL
Contramão rima com solidão e, devidamente contextualizado, pequeninos rima mesmo com utopias. Eu sei, tu já sabias.
ResponderEliminarBeijo :)
Ah, Odete!
ResponderEliminar«Procuro dispersar as ovelhas.
Encher-lhes as orelhas de espanto.
Baralhar os caminhos.
Soltar as represas.» - que haja mais quem o faça, para alimentar nossa esperança, para nos permitir continuar a acreditar que viver é possível, que a concretização da utopia é garantida, basta desejar e lutar. Para que a luta não seja em vão.
bjn amg