Obra de Amadeo Modigliani
É na hora das Trindades,
a hora do tudo ou do nada,
que licito peça a peça
o todo do nada
que à nascença me foi legado.
Ocupo um ínfimo espaço
entre diversas velharias
num bricabraque como destino
onde almas gemelares
ao Destino foram prometidas.
Recuso-me a este leilão,
mercado de escravidão,
vida desprovida de sentido.
E na hora das Trindades
adormeço horas desassossegadas.
Depois em noites estreladas,
num céu de luz bordado,
sei que não sou obrigada
a ter um único caminho.
(Tanto ser, tanto fazer,
tanto eu a acontecer.
E no entre-tanto
sou-me en-canto…)
É na hora das Trindades
que, por fim, faço caminho…
OF – 13-05-15
~ ~ ~
ResponderEliminar~~ «Caminhante, no hay camino, se hace camino al andar.»
~~ É urgente mudar! À «hora das Trindades»...
~~~ Muito belo, este poema incentivador! ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~~~~~~ Beijinho ~~~~~~~~~
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Um belo poema minha amiga e é na hora das Trindades que se faz o caminho.
ResponderEliminarGosto muito daquele retrato do Modigliani.
Um abraço e um bom fim de semana.
"Na hora das Trindades" a nitidez do poema procurando o caminho...
ResponderEliminarMuito belo.
Um beijo.
Lindo o seu poema amiga, como tudo que sempre encontro por aqui! Típico de sue bom gosto!!!
ResponderEliminarBeijos e beijos
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Olá, Odete.
ResponderEliminarEspero que esteja bem, com a vida andando em bom rumo.
"Tanto ser, tanto fazer" - e sem ser "obrigada a ter um único caminho".
Tanta vontade, tanto querer, tanto desamarrar de nós do destino.
Bonito.
E conseguir, por fim, adormecer em sossego.
bjn amg
Jamais deixes licitar
ResponderEliminarQuanto a Vida te cedeu.
Quando o dia se acabar,
Trindades vão badalar...
Faze só o que é teu,
Caminha teu caminhar.
Beijos
SOL
Esse entre-Tanto, como bem insinuou, pode ser grande e até árduo, mas não impede que se encontre "o" caminho. Vi inconformismo no começo de seu poema e muita luz no final. Em-Canto, a sabedoria do entendimento e da escolha. Grande beijo!
ResponderEliminarOI ODETE!
ResponderEliminarENTRE-TANTO, SE CONTINUARMOS, ENCONTRAREMOS NOSSO CAMINHO...
LINDO!
ABRÇS
-http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Também me recuso a este leilão de escravidão, amiga.
ResponderEliminarExcelente poema , muito bem ilustrado.
Abraço grande
Tamujunta (como dizemos por aqui) amiga. Caminho único? Tôfora! É a busca constante, o caminhar e caminhar que faz o caminho. Um passo de cada vez!
ResponderEliminarBeijuuss Odete
Neste mercado de escravidão onde se licita as peças que não tiveram oportunidade de caminhar, é necessário combater o licito peça a peça para ser possível encontrar o caminho desejado.
ResponderEliminarAG
Hoje vim espreitar, pé ante pé,para não se notar tanto a ausência, mas entre-Tanto, acertei na hora das Trindades, a hora de reunião, a hora certa. Grande presságio! Fiquei mergulhada neste poema singular.
ResponderEliminarBem hajas amiga.
Abraço imenso.
Boa noite, Odete.
ResponderEliminarUm belo poema que deixa ao leitor a convicção da ação apesar de tudo, no entanto, como bem disse, vez em quando escolher é complicado, contudo, necessário.
Não nascemos para termos uma vida em sentimentos miserável.
A decisão é parte fundamental do caminho.
Parabéns.
Linda semana de paz.
Beijos na alma.
Olá querida adorei seu cantinho ... conheça o meu blog que acabei de fazer que se chama (Jardim da Nana) ,onde falarei de td e um pouquinho ,me segue la ok ...??? bjinhos tenha um dia lindo em CRisto .... Deus te abençõe bjus
ResponderEliminarOlá, Odete
ResponderEliminarDepois de uma ausência maior do que eu desejaria... aqui estou a matar saudades.
Óptimo poema!
A "hora das Trindades" é a hora de todas as revelações. Recordo as badaladas, carregadas de misticismo, quando em criança passava férias no Norte, em casa dos avós paternos. Era Verão! As noites eram perfumadas e enluaradas...
Tanta saudade!
A escravidão não pode ser aceite. Tem que ser TODA combatida.
Bom fim de semana.
Um beijo
MIGUEL / ÉS A MINHA DEUSA
Odete , " fazer caminho no entre-Tanto " é a jornada que cada qual deve escolher .
ResponderEliminarE , você com sua escrita perfeita nos explica , na dança das palavras ,o encanto que este caminho deve ter .
Obrigada .
Beijos e bom final de semana .
Existem várias rotas para o caminhar,
ResponderEliminarsendo assim, a importância da liberdade de escolha.
Nada como voar "num céu de luz bordado" registrado
na nossa rota interior...
Belo poema em harmonia com a obra de Modigliani.
Bjos, Amiga.
Na Hora das Trindades tudo parece mais verosímil...
ResponderEliminarMuito bem, Odete!
Um beijinho :)
Que o "tanto eu a acontecer" aconteça tanto, mas tanto!
ResponderEliminarChegar aqui não é para ler em transversal e deixar duas ou três palavras. Que sim senhora, que muito bem.
Tempo. Calma. Apreciação.
E depois sim posso dizer sem culpas que gosto muito.
Um beijão
Trindades: o encontro da saudade com as Avé-Marias, numa belíssima poesia.
ResponderEliminarBeijinhos!
Não é vulgar este termo aqui pelo sul. Na hora de olhar a lua, encontro uma outra rota. Bj
ResponderEliminarUm encanto são as suas palavras.
ResponderEliminarPoesia de fino quilate, é a sua. Porque me encanta.
Tenha um óptimo fim de semana.
Abraço poético, minha querida amiga Odete.