Obra de Josephine Wall
Não me procurem
caçadores de palavras sonantes
e de imagens narcísicas.
Não encaixo nesse perfil,
fachada de edifícios hipócritas
e ruas enfeitadas de falsos sorrisos.
Não me procurem
diretos televisivos à hora certa.
Não sou deste tempo.
Sou génese inicial,
sol sem idade,
raiz primordial da palavra
num antanho por inventar.
Gesto ramificado
nos dedos da mão
e no corpo que te levanta do chão.
Leveza de espírito
encarnado em almas do além.
Batismo de águas abençoadas.
Fonte, rio, mar, emissário.
Barco solidário, arca de Noé,
torrente de atos espontâneos
paridos à luz natural,
em nome da humanidade.
E no silêncio da caminhada,
tu, que não me invocas em vão,
nomeias-me: solidariedade.
E eu vou…
OF – 18-11-15
Um belo poema minha amiga de que gostei de ler e reler.
ResponderEliminarUm abraço e continuação de uma boa semana.
Um belo poema. Intenso e rebelde. Gostei.
ResponderEliminarUm abraço
O caminho da solidariedade é desconhecido de muitos, e é difícil para alguns. Tantas vezes acontece como forma de auto-promoção e não como gesto verdadeiramente sem resquício de qualquer interesse que não seja a dádiva ao outro. A dádiva anónima e silenciosa, que floresce no coração e desagua nas mãos, sem alarido. Gestos que podem fazer brotar correntes de forma espontânea, e fazer a diferença no mundo de quem recebe e no mundo de quem dá.
ResponderEliminarBelo poema, Odete.A necessidade de regresso ao sentido primordial.
xx
Lá estaremos
ResponderEliminarBj
Odete, querida, que bela forma de se manifestar! A solidariedade está muito distante de bajulações e de falso afeto. Não habita a exposição e prefere o gesto silencioso, pois é assim que a ajuda se impõe e as pessoas se apresentam. realmente, humanas. Muito belo seu poema!! Bjs.
ResponderEliminarA invisibilidade nos actos solidários é a Verdade pura. Tudo o mais não edifica nem constrói.
ResponderEliminarAmei o "recado".
Beijo
SOL
A intensidade e rebeldia das palavras para com a hipocrisia e egoísmo da sociedade , fazem deste poema um hino a solidariedade
ResponderEliminarBelo, Odete !
Beijinho !
OI ODETE!
ResponderEliminarQUE BOM ESTAR AQUI, PODENDO LER ESTE TEXTO LINDO, DOS TANTOS QUE ESCREVES.
ABRÇS
-
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Eu também, vou de mãos dadas contigo neste
ResponderEliminarcaminho anônimo da solidariedade
genuína e transformadora...
Belíssimo, aquela comunhão no voo
do mesmo sentir ( poema que senti escrevendo contigo).
Adorei, querida Odete!
A imagem é linda e perfeita para o poema...
Beijo e abraço afetuoso.
Um poema bem sentido!
ResponderEliminarBeijinhos!
~~~
EliminarUm poema de beleza e mensagem muito singulares.
Profundo, veemente e de admirável assertividade...
Que bem lhe ficou o estilo grandíloquo e eloquente!
~~~ Beijinho, Odete. ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
~~~
~ Caríssimo Zé. desculpa ocupar este espaço, mas a autora deste blogue perdeu, por lapso, o meu comentário e solicitou-me que o repusesse. Tenho a certeza que compreendes. Bj.
Solidariedade e vaidade é o que mais se vê...
ResponderEliminarQuando genuína, a solidariedade é espontânea e praticamente invisível.
Este poema é notável, na forma e no conteúdo. Excelente, minha amiga.
Odete, tenha um bom fim de semana.
Abraço.
Um hino à autenticidade, Odete. Muito grato pelo testemunho, pela partilha...
ResponderEliminarUm beijinho :)
Bravo! A solidariedade também é uma virtude.
ResponderEliminarLindo, Odete.
Grande abraço!
Muito bom! A rebeldia fica bem na tua poesia. Quanto à solidariedade conta comigo.
ResponderEliminarUm beijo.
Concordo! Não invocar seu nome sem a necessidade de sua solidadriedade.
ResponderEliminarOu seja: "sem alarme falso, por favor"! Certo?
Beijão, Odete!
ODETE,
ResponderEliminarque lindo versejar e que poema de porte maior, denso e de conteudo incontestavelmente admirável!
Principalmente quando você diz: "Barco solidário, arca de Noé,
torrente de atos espontâneos
paridos à luz natural,
em nome da humanidade".
Nossa!!!
um abração carioca.
Faço minhas as palavras da nossa amiga Majo, se me permitem
ResponderEliminarBeijinhos a ambas
Boa noite, como diz o 1º ministro da Grécia, " não quero um euro vosso, quero que deixem de chorar lágrimas de crocodilo" sabe o que diz com toda a razão.
ResponderEliminarAG
Olá Odete; Excelente poema....
ResponderEliminarCumprimentos
~~~
ResponderEliminarEstimada Odete.
Como ainda não possuo blogue, contato amigos por e.mail.
majo.d.rosado@gmail. com
~~ Abraço. ~~
OBRIGADA!!! Bjo :)
EliminarAh, cá me parecia que não tinhas blog!
ResponderEliminarè fácil...
Experimenta.