sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

(Des)abrigo


 Obra de Leonid Afremov

Por aqui e além
no espaço contemplativo
onde se perde o olhar;
naqueles espaços de acasos
que (des)marcam linhas
onde se encontra o sentido;
nestes momentos encostados
a interiores da casa
onde se procura abrigo;
há um desabrigo
nu e despejado.
É o vento!
Folhas caídas
a provocar o tempo.
Um tempo de frios ninhos
como olhares desocupados.

OF – 21-11-15  

(Majo: obrigada pela gentil presença no meu espaço;já tentei seguir o teu "rasto" mas não encontrei nenhum blog; hoje, além deste reconhecimento, quero pedir desculpa por ter eliminado o teu comentário relativo ao último poema por puro desconhecimento: selecionei apenas o que tu removeste, mas também desapareceu o que escreveste. Se ainda te lembrares, pedia-te que voltasses a deixar o comentário. Ainda por cima, a amiga São subscreveu-o... Estou tão pesarosa! :) )

20 comentários:

  1. Excelente poema. Belo nos sentido dos versos escritos e belo no visual de uma perfeita jarra.
    Um abraço

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  2. Um belo poema minha amiga este (des)abrigo.
    A pintura além de ilustrar muito bem o poema é uma belo quadro.
    Um abraço e bom fim de semana.

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  3. Um (des)abrigo que não encontra abrigo.
    Um vento que (des)briga as folhas, os pássaros e o nosso olhar.
    Belo poema, Odete.
    xx

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  4. Existem duas imagens fortes e poderosas nos espaços de seus versos. Uma leitura nos leva ao tempo, lá fora onde o vento brinca com as folhas e a estação esconde acolhedores abrigos. Outra, nos coloca em campo diverso. Uma estação em que o ser se encontra desabrigado e o vento não faz parte da natureza. Ambas as leituras, faço com o coração. Uma lindeza de poema, Odete! Bjs.

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  5. É a presença do Inverno interior que se aproxima, ignorando os vestígios de Outono que por ventura foram desprezados pelos ventos, Odete!
    Beijão!

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  6. ~~
    ~~~~ Um poema de desalento tão sentido e transmissivo,

    ~~~~~~ em notáveis imagens de penoso desconforto!

    Momentos de profunda nostalgia na despedida do tempo melhor.

    ~~~~~~~~~~~~~~ Abraço amigo, Odete.


    ~ Ps ~ Satisfiz o seu amável pedido, deixando duas mensagens.

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  7. O vento. Os frios ninhos. O desabrigo. O rosto outonal das palavras.
    Um belo poema, Odete.
    Beijo.

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  8. Bom dia, a pintura é bela e revela ma perfeição o lindo poema.

    Gosto de tempo frio não de pessoas frias.
    Diego Vínicius

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  9. "Por aqui e além
    no espaço contemplativo
    onde se perde o olhar
    naqueles espaços de acasos
    que (des)marcam linhas
    onde se encontra o sentido"

    Excelentes este teus versos

    Bjo.

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  10. OI ODETE!
    ENQUANTO AQUI NO BRASIL ME DEPARO COM DIAS ENSOLARADOS E QUENTES, TU, AI, COM A BELEZA DO OUTONO, QUE EU PARTICULARMENTE ADORO POIS O ACHO INSPIRADOR E TE DIGO AMIGA TEU POEMA PASSA EXATAMENTE A BELEZA CONTEMPLATIVA E INSPIRADORA DESTE PERÍODO TÃO RICO DO ANO.
    ABRÇS

    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  11. Nos Natais , é sempre um pouco assim que me sinto: sem abrigo.

    Se pudesse , hibernaria.

    Belo poema, amiga.

    Te abraço com estima :)

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  12. A Majo trouxe-me até aqui, ao seu blog.
    Chego e encontro um belo poema cujas palavras traduzem tanto do nosso quotidiano, um mundo feito de desencanto e frio na alma. Mas sente-se nelas, por outro lado, o aconchego do lar, um calor procurado e muitas vezes encontrado.
    Abraço
    Olinda

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  13. Boa tarde amiga
    Feliz Natal!
    abraço amigo!
    Se desejar visite meu site. www.mariaalicecerqueira.com.br
    Obrigada!
    Maria Alice

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  14. Arrasa-me o desabrigo
    Que se vive neste tempo.
    O tempo, não é amigo,
    Nem ouve aquilo que digo,
    Ficando-se em contratempo.

    Beijo
    SOL

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  15. Tão belo no mergulho do vazio, despindo
    o olhar à realidade...
    O reencontro no abrigo poético da vida...
    Que poema magistral, querida Odete!!
    Bravo!
    Bjos.

    Ps:Vi a estrutura formal do poema como uma árvore?!...

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  16. Um poema excelente, com um final brilhante.
    Parabéns por mais esta pérola poética.
    Beijo, querida amiga Odete.

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  17. Essa sensibilidade anda à flor da pele, com ligação directa para a alma...
    Muito belo, Odete!

    Um beijinho :)

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  18. Poema outonal... fazendo lembrar um trabalho cinematográfico de Ingmar Bergman e um fado de Ary dos Santos «SONATA DE OUTONO»

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