Há
perfumes que viciam a perceção destes dias.
Que me
cheiram a felicidade.
E o
verso inebria-se de futuro.
As
palavras, vestidas de outros cantos,
creem-se
possuídas de um mandato novo.
Do
povo. E eu sou povo.
E sorvo
os cheiros puros.
O das
flores rebeldes que não devem ser colhidas.
Nem
tolhidas.
Nem as
pedras devem ser mudadas,
dos
lugares da sua história.
Os
rostos avivam-se da cor do rio e do mar.
O verde
dos limos.
O verde
das algas.
E de cheiros:
Dos barcos.
Dos
Lusíadas que foram náufragos.
Dos poetas
que se prometeram.
De mim.
Que te canto. Porque me encanto.
E me solto.
Numa lusitanidade que me perfuma o peito.
OF
(Odete Ferreira) - 07-06-17
Obra de
Júlio Pomar, Camões
Belíssimo poema.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana
Um excelente cântico.
ResponderEliminarE bem lusitano, muito a propósito do 10 de Junho.
Bom domingo e boa semana, amiga Odete.
Beijo.
Mais um bonito poema,este, com cheiro a Primavera... Beijinho para si e para o Hugo, que espero que esteja bem e crescido!
ResponderEliminarPoetas nos chamamos, porque repartimos as palavras como se fossem cerejas...
ResponderEliminarBelíssimo este teu poema, impregnado de cheiros e de gentes e de vida...
Uma boa semana.
Um beijo, Odete
Uma maravilha, querida poetisa, uma maravilha!
ResponderEliminarDias agradabilíssimos e repletos de ternura.
~~~ Grande abraço ~~~
Tu, com TODA a EXCELÊNCIA da tua Sensibilidade, Sabedoria, Arte. Comentários, para quê?
ResponderEliminarSem palavras...
Grande abraço, querida Odete!
¿Quién sabe lo que siente el poeta cuando escribe? Si nos dejamos llevar por la inspiración y es algo más profundo que ni siquiera nosotros podemos calibrar, dentro de ese revoltijo de emociones que nos lleva a la escritura. El resultado son palabras que brotan de una emoción. Esto es un poema. Me descubro y pienso, sensibilidad y emoción. Bello. Ha sido un placer disfrutar de su lectura. Cordialmente. Franziska
ResponderEliminarDe mim que te canto e me solto para te dar um abraço.
ResponderEliminarBjs
Gostei de reler o teu excelente poema.
ResponderEliminarBom fim de semana, amiga Odete.
Beijo.
Odete , agradeço repartir conosco o belíssimo poema . Muita sensibilidade desta escritora amiga . Boa semana . Beijos
ResponderEliminarLindo, querida Odete, gostei muito, carregado de emoção.
ResponderEliminarUm beijo, uma linda semana.
Há perfumes que viciam a percepção destes dias.
Que me cheiram a felicidade.
E o verso inebria-se de futuro.
Boa tarde, admiro a sua sensibilidade revelada em cada palavra que constrói o belo poema, tem o seu perfume.
ResponderEliminarAG
Para começar, Júlio Pomar.
ResponderEliminarPois, antes e depois: sempre.
Um canto é para se cantar e
foi o que fiz.
E, à medida que na luz o som
das palavras se soltava
tudo à volta se animava
numa musicalidade vibrante.
Recantei!
Bj, Odete F.
Ah, que bom é ler-te! As tuas palavras envolvem, qual feiticeira em dança espacial.
ResponderEliminarUm beijinho, Odete :)
Belíssimo este cântico... que traduziu tão bem em palavras, a alma lusitana...
ResponderEliminarAdorei cada palavra! Beijinho
Ana