De profundis
Queimam-nos
as palavras, por estes dias.
Numa
dor que arde para lá dos dedos.
Gritam
os silêncios, lancinantes.
Sabemos,
agora, do inferno.
E da
imolação de almas inocentes.
Têm
nome, os cemitérios negros.
E o
luto será expiação permanente.
As
coisas tiveram posse e raízes verdes.
Os
lugares, o espírito das pessoas.
As
pedras, quando purificadas pelas águas,
contarão
do suplício humano
e do
inferno sem redenção.
Por
elas, saberemos da cegueira dos homens,
do
choro seco e da palavra ardida.
Do
tição que ainda há pouco fora vida…
OF (Odete Ferreira) - 21-06-17
Por opção, não quis o poema acompanhado de qualquer imagem
Muito bonita esta homenagem e ao mesmo tempo um grito de dor e revolta.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Há noites intermináveis
ResponderEliminarBj
Minha querida, a dor é tão grande....
ResponderEliminarAbraço apertado
O dia do longo desespero não se apagará da memória dos vivos.
ResponderEliminarAbraço e bom fim-de-semana
Um poema que nos lembra o que não podemos esquecer. Tudo. O fogo queimou-nos o coração e as nossas lágrimas não podem apagá-lo...
ResponderEliminarUm beijo, minha querida Amiga.
Boa tarde, Odete.
ResponderEliminarTriste homenagem ao terror que ocorreu em Portugal.
Uma dor que não tem como ser esquecida.
Só Deus para ajudar a confortar os familiares.
Sua poesia ficou perfeita!
Beijos na alma.
Triste, muito triste, Odete! Não precisaria de fotos, já vimos o suficiente aquele horror. Penso ser impossível esquecer, mesmo com o passar de muitos anos. A imaginação não se faz, o que ficou não sairá da retina.
ResponderEliminarBeijo, querida.
Hay que estar hecho de piedra de granito para no sentirse espantado aante el horror de esas muertes en la fiereza de las llamas. No solo es la muerte, es también el espanto de cómo se han producido esas muertes. Que descansen los cuerpos en paz pero nunca se les podrá olvidar. Un abrazo. Franziska
ResponderEliminarOlá Odete,
ResponderEliminarLancinante poema o teu De profundis.
"Sabemos, agora, do inferno"
que não sabemos!
Imaginamos vermelho, negro, cinza,
mas por mais que pintemos
nunca lhe saberemos a cor,
nem o silvo que se eleva da dor.
Bj.
Uma homenagem que se lê com um soluço entalado na garganta.
ResponderEliminarForam dias de horror para sempre inesquecíveis.
Belas as tuas palavras, e óptima a opção de não foto.
Dias felizes para ti e linda família.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
Um acontecimento que vai perdurar na nossa memória.
ResponderEliminarO poema é excelente. Nunca o fazes por menos...
Odete, um bom fim de semana.
Abraço.
Obrigada, amiga, por expressares tão bem o que me vai no coração.
ResponderEliminarBeijinhos
Olinda
Negros tempos, escurecidos por uma falsa luz: a do efémero da ribalta.
ResponderEliminarO poema tocou-me, Odete.
Um beijinho :)
Dilacerante, mas perfeito e belíssimo, querida poetisa.
ResponderEliminarAinda não me recompus e tenho dificuldade de encontrar
temas adequados para o meu blogue...
Grande abraço de muito pesar.
~~~~~~~~~
Uma homenagem belíssima, assinalando este acontecimento tão trágico, que tão breve não será esquecido... esperemos que também, por quem deverá apurar as respectivas responsabilidades...
ResponderEliminarGostei imenso deste tocante trabalho! Beijinhos! Continuação de uma boa semana!
Ana
E eu torno a partilhar amiga...Infelizmente!!! Bjs
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