sexta-feira, 26 de novembro de 2010

De eu para mim

Convoquei os espíritos
e as forças do mal!
Esconjuro-te!
Sonho maldito.
Expurgo-te,
do meu sentido.

Desejo desejado.
Obsessivamente, pensado.
Inundando todo o espaço,
tornando-se senhor
de um reino
que não lhe pertence.
Ladrão de outros sentires.
Esvaziaste a casa
e a minha pertença,
a objectos do dia a dia.
Não sei já onde moro,
perdi a identidade,
algures, em qualquer lugar.
Redobrei a dignidade!
De novo, pura,
Dou vivas à liberdade.

Apenas um apêndice:
nada se faz sem dor,
física ou mental.
Nada é preto ou branco.
Apenas o sábio pinta,
no manto,
da vida em retalhos,
A sapiência da cor.
  OF 04-08-10

2 comentários:

  1. Absolutamente extraordinário!
    Sempre e cada melhores os teus poemas, minha querida.
    bji mt gde

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  2. 1 vez mais, OBRIGADA!!!
    A divulgação dos poemas não tem ordem cronológica. Este faz parte de um conjunto que escrevi, sentada em esplanadas, diferentes, qdo ia tomar café, de manhã e fim de tarde...
    Continuo a gostar de escrever nelas ou já abrigada dentro, por causa do frio. Vou escolhendo um ou outro, conforme estou de maré :)
    A datação do poema, é-me mto importante, reporta-me ao que me levou a escrevê-lo...
    Bjuzzz condimentados a teu gosto!
    (Ah, obg pelo convite...)

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