Palavras que dizem
em conversas pensadas.
Palavras que caem
em silêncios, caladas.
Palavras que se trocam
em relógio ao contrário,
desfiando as contas
gastas, de um rosário.
Palavras que se encadeiam
em frases formuladas,
revendo o alfabeto,
desde cedo, memorizado.
Palavras imensas
de plural significado
trocadas a medo
entre mentes asfixiadas.
Palavras pesarosas
de um pesar inusitado
dizem-se, não se pensam,
pronunciam-se, vagarosas.
Que outras palavras
serão ditas
entre seres amigáveis.
Que posturas
serão precisas
para que as palavras
sejam o que são, afáveis!
De que pele estamos revestidos
quando nos sentimos introspectivos?
Que sentimentos vestimos
para não sermos extrovertidos?
Eis uma breve reflexão
que registo, não em vão.
Ocupa-me muito tempo…
Procura-se outro mundo,
sabendo-se de ilusão?
O sonho parece gasto
de tanto ser evocado.
Daqui a pouco, muito poucochinho
nada restará,
apenas pálida recordação.
É urgente alargar o léxico
é preciso não se ser alérgico
e inventar novas palavras.
Em sonhos não inventados
façamos eco sem pudor!
Antes de entrar em vigor
o novo acordo ortográfico!
Horemos, então...
ResponderEliminar(Hummm... acho que ainda haverá quem venha a inventar algum kit de aplicação para línguas...)
;)
:) Não sei se seria preciso, as pessoas é que inventam (inventaram) os códigos linguísticos!
ResponderEliminarFalta outro tipo de atitudes! :)