quinta-feira, 21 de junho de 2012

Suspiro


Sopro de ar profundo,
leve como pena sem penar.
Brisa suave a despentear
a alma desarrumada,
desassossegada.
Mal estar
defunto
 a enterrar.

Alívio
sentimento de paz de espírito
interregno em mistério
ainda por descobrir
no agora e no porvir.
Angústia no sentir.
Espera! Sossega!

Um ai inaudível
no ar denso de dias enevoados,
angustiados,
apertos de coração.
Espasmos, contração
músculos personificados
desejo de evasão.
Dor irascível!

Sensação
levitacional
de corpos a amar.
Suores apaixonados,
silêncios entrecortados
gemidos a esvoaçar.
Sentir irracional!

Suspiro, lançando ais.
Sorrio, bebendo lamentos.
Vivo, sentindo os momentos!

OF – 07-06-12 - Foto, autor desconhecido
(Poema produzido para um desafio poético num grupo de poesia) 

11 comentários:

  1. Olá amiga!

    Muito belo, aconchegante e poético esse teu

    espaço.

    O sentir da alma da poetisa, que inspira a paz

    num rearrumar diário, em gotas de suspiros

    coloridos em sorrisos, os momentos bem

    vividos...

    Estava saudosa de ler-te... agora que encontrei

    essa tua bela casa, voltarei sempre.

    Ps: A teresa tem blog?

    Beijinho.

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    1. Foi uma bela surpresa ver-te neste meu cantinho. Um blogue é sempre muito mais personalizado, uma casa virtual que vamos mobilando à medida do nosso vagar, do nosso ânimo, do nosso gosto...Obg por teres gostado :)

      Eu vou-me repartindo pelos vários espaços onde divulgo os meus escritos, se bem que, este ano, devido à atividade profissional e literária, tenha diminuído as postagens. Digamos que andei sempre atrasada :)

      A tua pergunta respondi no teu blogue...

      Grata pela apreciação ao poema!

      Bjo na tua linda alma

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  2. Imagino que tenha roubado grandes suspiros.:))

    Beijinhos, poeta querida

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    1. Primeiro sentiu-os a alma, depois roubou-mos os dedos que os colocaram em poema :)

      Obg, querida Nina

      Bjos :)

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  3. Ainda que o tempo denso seja
    Ainda que desejo seja pena
    Ainda que o verso verso apenas seja

    Sopra um vento profundo
    Como reencontrado mistério

    Bjo.

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    1. Amigo Filipe: sopram os "ventos" de um interior que os solta, conforme o seu sentir, o seu e o do outro!

      Um comentário a que já me habituaste: a tua especificidade na visão do que lês. Grata!

      Bjo, poeta :)

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  4. Como diz a Suzete: sentimo-nos bem na tua casa e é reconfortante encontrarmo-nos nela.

    O teu poema é uma libertação,um belo momento - um suspiro.

    "Original é o poeta..."
    Gosto.

    Bjuzzz :)

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    1. Se calhar concordo contigo: tanto se escreve e sobre a mesma temática, contudo cada um confere o seu cunho!

      Original será o poeta aquando do verter dessa visão no poema...

      Grata e bjuzz, Teresa :)

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  5. Belo poema...Espectacular....
    Cumprimentos

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  6. Amigo Fernando Santos, de certeza que nem tanto como as tuas belíssimas fotos. Essas, sim, são sempre um deleite!

    Obg pela apreciação.

    Bjo :)

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  7. Olá, muito obrigado pelas simpáticas palavras, como também pela excelente interpretação do meu ultimo post do meu blog....
    Cumprimentos

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