domingo, 21 de abril de 2013

Quando me sinto peça de mobiliário



Estou assim assim,
entre atos que me espantam,
e papéis que voam para mãos de asa…
Stalking – que não conhecia –
perfeita loucura!
Nada disto se conjuga em poesia.

Indefino-me nestes momentos.
Sinto o corpo, vejo-o, é real
tal como uma qualquer peça de mobiliário.
O ser enclausurou-se num santuário.
Não possuindo a chave,
perecerá para esse louco mundo.

Não acordei com este pesar.
Os oráculos prometiam um dia de sonho.
O sol cumprimentou-me a raiar.
O guarda-chuva ficou em repouso.
O jardim sacudia as gotas teimosas.
As pessoas mataram-me de furiosas…

Por isso estou assim assim.
De semblante ensombreado…
Libertas-me, meu amor?

OF       01- 03-13
                                                             Foto – Autor desconhecido

13 comentários:

  1. Liberdade...ainda que tardia!
    Beijuuss Odete

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    1. É a maaior virtude da poesia, a liberdade, querida RÊ.

      Bjuzz, amiga :)

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  2. Mas quem se recusaria a libertar um semblante assim ensombreado...? Ninguém...
    Achei o teu poema excelente (mais um...).
    Um beijo, querida amiga.

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    1. Acho que tens razão, querido amigo...Obg pela presença e simpatia.

      Bjo, Nilson :)

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  3. Julgo que sim, que liberta, afinal não é o amor libertador?
    bji, querida

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    1. Sim, é-o, mas também outras atitudes...
      Contudo, como somos um todo, difícil se torna discernir, portanto o amor será libertador, redentor, alimento...

      Bjo, princesa :)

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  4. Olhar espantado
    ser enclausurado...

    Mas, onde estão as chaves?

    Será que a tua bela poesia te libertou? Gosto do desafio.

    Bjuzz querida amiga.

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    1. Se libertou, querida Teresa! Relembro o que já alguma vez disse numa entrevista: escrever é uma espécie de exorcismo...

      Obg, amiga

      Bjuzz :)

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  5. O tempo constrói clausuras
    Espaços retidos no verso
    Santuários de errante devoção

    Estou sempre assim

    ---

    Forte, impressivo, sábio

    Bjo.

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    1. Sempre criativo na recriação do que analisas/interiorizas.

      Obg, meu amigo Filipe

      Bjo :)

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  6. Olá, olha eu mais uma vez por aqui, delicado o seu texto. Aproveito para avisar que postei a segunda parte do meu conto Sempre Haverá Passáros, e quero seu comentário.
    Beijos e abraços
    Fabrício

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    1. Obg, Fabrício... Lerei, vamos ver se tenho tempo para comentar :)

      Bjinho :)

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  7. Obg, Evanir, devolvo o carinho...

    Bjinho :)

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