sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Soneto de mim



Se eu quisesse sentir-te na clareira,
desnudada em noite de lua cheia,
viria apetitosa à tua beira
e dizia-te o que escrevi na areia.

Se eu te pedisse que me amasses,
com toques de seda do oriente
e no desaguar do teu mar me deixasses,
viria alada em sela imponente.

Soltaria os cabelos entrançados,
enfeitava-os de amoras silvestres,
aspergia-me com água de rosas.

Se sinto teus lábios adocicados,
repelo a saudade destes sentires
e represo nossas bocas desejosas.
OF, 10-06-13 
Foto – Autor desconhecido

14 comentários:

  1. Olá Eu
    Vi seu comentário no blog da Luma e vim aqui toda intrometida...rsrsrs
    Quanto ao fato da blogagem, pode participar sim, o desafio esta aberto para todos os blogueiros que tiverem desejo em continuar a Estória.
    Seja bem vinda.
    Beijinhos.

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    1. Olá Verinha: como viu, já não fui a tempo (é raro poder aos blogues logo aquando das postagens); mas li alguns textos e foi bem giro ver como @s participentes pegaram na Estória...

      Bjinho :)

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  2. Lindo o seu soneto caríssima amiga :-) um abraço

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    1. Obg, amigo Joaquim. De vez em quando gosto de exercitar géneros poéticos com regras formais precisas. É o caso deste soneto, pois até as síbalas métricas são decassilábicas...:)

      Bjo :)

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  3. Belíssimo,amiga!!

    Um soneto na música do amor e no ritmo do teu belo sentir,

    que sempre nos encanta...

    Beijinho.

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    1. Sempre grata por tuas palavras, Suzete.

      Um sentir poético que me deu prazer escrever!

      Bjo, querida amiga :)

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  4. Vim agradecer seu carinho em me visitar tanto no Infinito quanto no Refúgio. Já estou acompanhando suas atividades com promessas de passar mais vezes por aqui e também poder ver novas visitas em meus espaços. Grande abraço

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    1. Não era preciso, Malu! Sempre que "apanho" uma entrevista, é raro não a ler e comentar. Gosto do exercício de desenhar a pessoa através do que diz. Afinal há tanta gente maravilhosa que se encontra neste mundo virtual! E o nosso mundo alarga-se...

      Bjo, Malu :)

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  5. Belo...muiiiito belo Odete! Simples - do jeito que eu gosto - e profundo ao mesmo tempo.
    Beijuuss

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    1. É, Rê, concordo mesmo. Frequentemente o emaranhado de palavras é apenas isso, uma visão "ligt", que não (nos) toca mais do que por breves segundos.

      Obg, querida amiga. Bjossss :)

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  6. Oi, Odete!
    Encontrou uma imagem que casa muito bem com o poema ou foi o contrário? Sempre tenho essa dúvida! :)
    Que ótimo que a Verinha esteve aqui. Ela é uma pessoa muito gentil e delicada com os amigos.
    Beijus,

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  7. Olá, Luma!
    Quase sempre escrevo fora de casa, no momento em que tomo, geralmente, um café; para tal, trago na carteira um bloquinho. Depois (e por vezes passam-se dias), passo ao suporte digital. Se tiver tempo, procuro logo nas fotos que tenho ou pesquiso na net a imagem que achar adequada. Gostaria de usar sempre fotos minhas ou de amig@s, mas há poemas em que só enconto o que gostaria na net. Fica desfeita a dúvida: poderá algum dia acontecer eu escrever "inspirada" numa foto/imagem/pintura, mas para já não é o meu registo...
    Quanto à BC já não fui a tempo, por aqui decorriam as festas da cidade...

    Bjo, Luma :)

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  8. Assim, em liberdades de luz, pudeste prender os sentires.
    Belas imagens te assaltam e ganham forma poética no teu bloquinho de apontamentos. Creio mesmo que as ideias já nascem em poesia.
    Beijinhos, querida amiga.

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    1. Que maior liberdade a das palavras em poesia, querida amida?

      Só assim se expressam os sentires mais genuínos!

      Grata, sempre, pela tua presença.

      Bjuzz :) :)

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