Houve um tempo
para lá da linha do horizonte
(linha
que me desalinha
a
perceção do real)
onde
fazia o estendal
de
peças que arrancava de mim.
Desconstruí-me
na
secreta esperança
de
um encontro sobrenatural.
Dedos
mímicos
desenhavam
caminhos
por
entre estrelas esmorecidas,
penosas
do meu penar.
Vazia
de corpo, minha alma
ansiava
alimento de brilho solar,
vestes
de deusa lunar…
Mas
num cosmos perfeito
erradica-se
o ser imperfeito
cuja
insanidade
mora
no peito…
No
desencontro é que me encontro,
estado
antitético que me equilibra.
Os
encontros e desencontros
fazem-me emergir de momentos enfadonhos…
O equilíbrio ocorre no ponto do meio (no centro interior)
ResponderEliminarnas caminhadas de curvas de encontros e
desencontros a desarrumar a rotina,
flutuar no sentir poético numa
libertadora transformação...
Fiz o teu belo caminho poético, amiga!
Beijinho.
Ainda bem, querida amiga, que me acompanhaste...
ResponderEliminarObg pelo delicioso "passeio" deixado em carinhosas palavras!
Bjo, Suzete :)
Desalinhas o equilíbrio dessa linha imaginária para te soltares - poeticamente - mais acima.
ResponderEliminarGosto da tua viagem, amiga.
Bjuzz.
Um escrito para um desafio de um grupo poético...Saiu assim...Onde poderemos ter mais encontros e desencontros senão em nós mesmos?
EliminarBjuzz, querida Teresa :)
Oi, Odete!!
ResponderEliminarÉ como se fosse preciso existir o caos para se querer a paz!
O desconstruir o caminho para existir o encanto do retorno.
Nem sempre o reto é a perfeição e a curva sempre desliza numa forma mais bonita!
Bom fim de semana!!
Beijus,
Verdade, Luma...Já dizia um famoso linguista: A ordem na desordem (isto a propósito da cognição, salvo erro...).
EliminarGrata pela tua presença e sagaz leitura.
Beijuss :)
É essa alternância que nos coloca em alerta para o que está por vir. Meu beijo.
ResponderEliminarConcordo...É como os tropeções, fazem-nos olhar mais vezes para o chão que pisamos...
EliminarGrata, Jota Effe Esse
Bjo :)
Às vezes é nos (des)encontros para lá da linha do horizonte que descobrimos que a possível resposta está dentro de nós.
ResponderEliminarBeijo :)
E está mesmo...Mas para se chegar a esse patamar já muitos degraus foram galgados...
EliminarObg, AC
Bjo :)
A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.
ResponderEliminar~Vínicius de Moraes
Cumprimentos
Profundo, Fernando, obg por me deixar a citação.
EliminarBjo :)
Entre o encontro e o desencontro há um espaço incerto,
ResponderEliminaruma "linha que me desalinha a perceção do real"
Que nos constrói, destrói, reconstrói, na intersecção dos caminhos, numa imperfeita insanidade
Talvez essa seja a agitação que agita a vida
E que, por isso, move o verso
Uma profundidade irrecusável.
Bjo.
Tenho uma certa atração pelo desconhecido, no sentido em que é um desafio permanente para o intelecto. Testarmo-nos é um jogo de alta parada...O verso, também!
Eliminar(Uma vez escrevi "Gosto dos impossíveis"; alguém, intrigado, perguntou-me o que significava para mim o impossível. Não era dado à escrita, senão não perguntaria...)
Obg, Filipe.
Bjo :)
Nunca se é enfadonho quando não se faz da rotina um modo de vida. E é do desiquilíbrio (dos desencontros) que se faz o caminho equilibrado.
ResponderEliminarÉs sublime, minha querida Odete, uma verdadeira diva poética.
Beijo.
Hum, parece que as férias te revigoraram, amigo Nilson! Diva poética...Sorri, mas longe disso!
EliminarMas detesto a rotina, é verdade.
Obg pela gentileza, Nilson.
Bjo :)