Para
ser sincera,
queria
escrever-te um poema
das
ausências forçadas
das
falhas imprevistas
da
luz artificial
em
dias de temporal
dos
afagos que guardas
para
noites de sonho…
Mas
a verdade é que não tenho direito
ao
meu presente sentir. Imperfeito,
observando
a vida que me sobrevoa,
sentindo
a espuma do banho de mar
(bolas de sabão
que se imiscuem
na brincadeira de crianças
em quente dia de verão).
Mas
talvez não seja mal nenhum
ignorar-me nesta interdição
e
sim fazer-te o poema
que
trago sempre à mão,
guardado
no olhar velado
do
doce salgado
que
me escorre pela face,
algaliada
na solidão,
ancorado
no porto revolto
da
maré que manejo a gosto.
Sim,
sou pró contradição…
Mas
amo-te…Por maldição
do
feitiço virulento
de
que padeço.
Alma
catavento,
ignora
as brisas suaves,
esquece
o sabor do beijo,
despe
a pele do desejo…
Ah! Não!
Se deixasse de sentir
deixaria de sorrir…
OF
13- 02-13
Foto – Autor desconhecido
Voltarei...com tempo, para ler tudinho, princesa.
ResponderEliminarbjo
EStás sempre cá, princesa...
EliminarBjo :)
Há neste poema uma autenticidade e uma emoção que cativa e detem
ResponderEliminarDemorei-me em especial nos seguintes trechos
"Para ser sincera,
queria escrever-te um poema
das ausências forçadas
das falhas imprevistas
da luz artificial
em dias de temporal
dos afagos que guardas
para noites de sonho…"
Uma introdução, que diria quase conclusiva, onde o poema se anuncia nu
Talvez porque toda a forçada ausência seja imprevista
Talvez porque, em consequência, a luz que remanesce seja artificial
Talvez porque o poema se desenvolve nos opostos: o temporal e o sonho
E, se assim é, como parece ser, percebe-se que o sentir seja imperfeito (nunca há plenitude numa ausência)
e de tal forma assim se o sente que levado ao limite
se anuncia quase ousadia ("a verdade é que não tenho o direito")
Mas até neste verso se recoloca a questão - o que é a verdade então?
E, sem sair da controvérsia, o poema desenvolve-se, oscilando
"Mas talvez não seja mal nenhum
ignorar-me nesta interdição
e sim fazer-te o poema
que trago sempre à mão"
e confessa-se
"Sim, sou pró contradição…
Mas amo-te…Por maldição"
Gostei muito da viagem que o poema me permitiu fazer
Ainda que, na questão essencial, retorne ao seu título:
Para ser sincero ninguém conhece a verdade.
Bjo. amigo
Do poema que escrevi, gosto, amo-o...
EliminarDa análise que fizeste, permitiu-me ainda amá-lo mais...
Bjo, querido amigo :)
Minha amiga,
ResponderEliminarMagistral este teu poema, não vou nem aprofundar a excelência da escrita,
mas a emoção que escorre por todo o poema...
Fui inundada pela emoção a cada bela metáfora e confesso que levei
este precioso poema ecoando em mim...
Beijinhos.
Ps: Quero agradecer a tua presença sempre no meu espaço e ontem
teve um significado maior. Sabes que a sintonia e o afeto que sinto por ti,
é de alma e este sentir é profundo e cheio de certezas...
Sempre grata pela tua análise, pela presença e...por tudo!
EliminarHá blogues que nunca deixarei de visitar; por vezes acontece haver outras prioridades temporais. Mas retomo, mal passem...
(Nada a agradecer, querida Suzete...)
BJOS :)
Minha querida
ResponderEliminarFico em silêncio apenas sentindo com a alma este sublime poema.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
É a atitude que me toma, frequentemente, ao ler-te...
EliminarGrata, querida Rosa
BJO :)
Como adoras saltar interdições (é o que sinto, ainda que isso dependa da grandeza de cada uma das interdições que se atravessam no teu caminho), nunca deixas o poema por fazer nem outra coisa qualquer. A tua determinação salta para as palavras, para o poema, e és genial.
ResponderEliminarOdete, minha querida amiga, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
É isso mesmo, amigo Nilson; ainda que, muitas vezes, as "interdições" sejam bem reais e não possa mesmo saltá-las, resta o meu eu pensante, pulsante...
EliminarTodos temos algo de genial quando há uma força indomável, assim penso.
Obg, meu amigo.
BJO :)
O imperfeito presente... porque tudo se sente, mas onde se constrói...o passado perfeito! Apetece-me ficar...!
ResponderEliminarE ficaste...Leste e sentiste. Fico encantada...
EliminarBJO; amigo Rui :)
Oi, Odete!!
ResponderEliminarApesar do tema, seu poema trouxe-me leveza e muito bom humor!
"Sim, sou pró contradição…
Mas amo-te… Por maldição"
O amor por si é pura contradição!!
Boa semana!!
Beijus,
Sorri, Luma. A leveza é um sentimento tão bom!
EliminarGrata, amiga.
BJO :)
Olá!!!, Deus te abençoe, amiga poema encantador, o seu blog é maravilhoso continue assim, S-U-C-E-S-S-O
ResponderEliminarJá estou te seguindo, aguardo a retribuição.
Canal de youtube: http://www.youtube.com/NekitaReis
Fanpage: https://www.facebook.com/pages/Batom-Vermelho/490453494347852?ref=ts&fref=ts
Blog: http://arrasandonobatomvermelho.blogspot.com.br
Obg, pela presença. Acho que já tentei ir ao blogue mas voltarei, Nequéren...
EliminarBjo :)
O teu poema é dinâmico, controverso
ResponderEliminaruma ultrapassagem no verso
uma superação!
Realmente fica no pensamento.
Bjuzz, querida Odete.
Controverso...Que poema não o será, querida Teresa, pelo menos nas interpretações?
EliminarGostei que te ficasse por aí a bailar. E sorrio-te...
Bjuzzzzz :)
Obg, Amigo Fernando.
ResponderEliminarBJO :)