Aquando
do exercício de funções de professora tutora, em contexto de acompanhamento, ocasionalmente
e a propósito de relacionamentos afetivos, percebia e era-me expressada a
necessidade de saberem distinguir o que
sentiam: era amor, paixão, atração, ou o quê?
Tenho a
certreza que nunca fui capaz de definir, clarificar ou delimitar tais sentires,
na cabecita confusa de adolescentes ainda à procura de si próprios.
O célebre
soneto de Camões “Amor é fogo que arde
sem se ver” é, talvez, o que mais se aproxima da definição, referenciava,
já que uma resposta como “o amor é transcendental” não seria apreendido pelas
jovens pessoas que me questionavam.
O amor é
um caldeirão de sentimentos. Se os pudessemos decantar, veríamos que havia
vários ingredientes identificáveis, como paixão, atração, cumplicidade,
partilha, saciando a fome pelo outro conforme os contextos e as circunstâncias.
Mas, como em tudo, se se colhe algo para saciar a fome, há que, de imediato,
repor esse algo para que a fórmula do amor não entre em falência técnica. Em
suma, o cultivo do terreno fértil tem de ser constante.
Vem este
deslizar reflexivo a propósito de um artigo que li do nosso Miguel Esteves
Cardoso (MEC). Confesso que só há cerca de uma década é que me identifico com a
sua escrita. Porventura, culpa minha. Talvez ainda não estivesse preparada para
o seu cabal entendimento. Deixo-vos o link *. Depois ajuízem…
Talvez o
guardem no vosso mail para o reler. Eu assim fiz. Há escritos que merecem ser homenageados
no anonimato de horas egoístas…
Odete Ferreira, 05-01-2014 –
Foto, autor desconhecido
“O amor é um estado de quem se sente.” (MEC) – Esta é, para mim, a frase chave, o leitmotiv da
chama da vida…
Esta tua crónica é muito interessante e leva a uma boa reflexão. É verdade, querida amiga, é difícil o tema do amor, mas é maravilhoso senti-lo e falar sobre ele é uma forma de se sentir apaixonado - pelo amor. É com facilidade que ficamos simplórios quando abordamos este tema. Porém, ouso dizer que aquela faísca que um dia nos atingiu, ficará ardendo num qualquer lugar do nosso coração como um sinal de vida (de vida sim), mesmo que ela possa mudar de direção.
ResponderEliminarÉ uma delícia ler o MEC (reler no caso deste texto)! Obrigada.
Beijinho e um ano com muito amor!
Belíssima e sublime expressão: "Amor é fogo que arde sem se ver"
ResponderEliminarE este fogo precisa ser cultivado sempre,mas em sua forma
genuína e libertadora...
Adoro ler-te,amiga!
Beijo.
PS:Vou ler o artigo recomendado na minha horinha egoísta....rsrs
Não é fácil fazer compreender os afectos sem os viver. Por isso, é natural que os teus alunos tenham ficado algo confusos...
ResponderEliminarO MEC é muito bom no que escreve. Tive a sorte de o ler logo no início e fiquei logo fã das suas palavras (não faladas, porque são mais repelões do que frases...).
Odete, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Minha querida
ResponderEliminarUm texto que dá para pensar, porque o amor é uma coisa tão complicada de explicar.
Desejo que 2014 seja um ano pleno de paz e amor, junto de todos os teus.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Adoro os pensamentos do MEC.
ResponderEliminarTambém estou à vontade para dizer que amor, paixão e atracção (todos eles) são sentimentos distintos.
Beijo!