Montanhas esquálidas
roubados
que foram seus tufos.
Desapegos
de homens insanos
violaram suas entranhas
e
o verde esperança que no olhar trazia.
A
sombra habitual companhia,
imolada
em vão sacrifício,
breve
será espécie em extinção
o
rei sol perderá alguma frescura.
Peregrino
sem destino,
num
desatino caminhar,
sossegará
em anoiteceres
de
mares que esperam,
em
pousio, o brilho da luz lunar.
Desacertado
está o horário biológico
de
uma natureza indefesa
desapossada
de equilíbrio emocional.
Destroi
pertences e legados
que
numa guerra desigual
deles
foi espoliada.
Mas
tu, ser humano,
da
tua inglória supremacia
fazes
bandeira de conquista
e
reconstrois, em visão meramente egoísta,
cuidando
ser apenas teu este nosso mundo.
OF
- 12-01-14
Foto – Autor desconhecido
O homem é um predador eternamente insatisfeito.
ResponderEliminar(Versos sempre actuais)
Beijo :)
O homem,um invasor cruel perante a natureza,uma ganância de possuir,
ResponderEliminarconsumir e destruir.Sem olhar para trás e totalmente desprovido do
sentir de unidade,harmonia e equilíbrio.
Estes desequilíbrios humanos varrendo a mãe-terra,escurecendo
o verde e petrificando a luminosidade. Modificando as paisagens ( obras
de artes vivas) em "desertos" mortos e esquecidos.
Amiga,magistralmente este teu poema registra um grito de alerta,
de denúncia inscrito pela sensibilidade rara, de quem chora pela
natureza assassinada a cada instante. Esta indignação e este
choro também me pertencem.
Adorei a expressão espacial dos teus versos,uma originalidade
plástica. Como um "florestamento" poético diante dos abusos
devastadores da humanidade.
Adorei!!
Grata por este momento,amiga...
Beijinhos.
Esta natureza destruidora, predadora do homem, de ir sempre além dos limites, demonstra o quanto ainda temos que aprender e do quanto somos imensas partículas inferiores no complexo sistema de Gaia.
ResponderEliminarObrigada pelo alerta tão necessário!
Beijos!
Minha querida
ResponderEliminarInfelizmente o homem destrói tudo em que toca. Um poema muito verdadeiro.
Um beijinho com carinho e obrigada pela visita carinhosa
Sonhadora
Olá amiga, infelizmente o homem destrói tudo por onde passa. Um poema que de tão verdadeiro até dói. Obrigada pelo carinho no meu canto. Os seus comentários ficaram sim. Beijos com carinho
ResponderEliminarOi, Odete!
ResponderEliminarQuando tudo perecer e o sol "Peregrino sem destino" seguir seu curso, não estaremos mais aqui para lastimar a nossa insanidade. Mas talvez esse seja mesmo o destino das almas... Dizem que o homem está entre os próximos animais a serem extintos. Por agora, vou tentando em pequenas atitudes sanar a minha consciência, em contrapartida vejo a resposta da natureza - que trabalha em silêncio estocando a sua fúria.
Coisas ruins não acontecem somente na casa do vizinho!
Bom fim de semana!!
Beijus,
O Homem destrói e, depois disso, quase sempre é incapaz de reconhecer o erro, e, quando o faz, não tem planos para a regeneração. Os incêndios serão o exemplo mais gritante.
ResponderEliminarCuriosamente, tenta resistir à natureza na orla costeira, investindo muito dinheiro numa frente que vamos perder, porque o mar tem sempre razão. Reconhecer a derrota e recuar, muitas vezes, é um sinal de inteligência...
Voltando ao teu poema, é excelente. As tuas palavras encantam-me sempre.
Odete, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Beijo.
O ciclo do egoísmo é devastador, e nem as ondas de destruição estão desenfreando a ambição humana! abraços
ResponderEliminar“Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria. Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão.”
ResponderEliminar~MÁRIO QUINTANA
Cumprimentos