sábado, 1 de março de 2014

A uma ausência não querida


Naquela saudade feita urgente
Olhar da tua imagem preenchido
Coração escondido no poente
Sinto a tristeza do tempo partido.

Ladra de uma ausência não querida
Porfio minha mágoa no meu rio
Revejo instantes de tua partida
E abraço lembranças em desvario.

Ondulante sobrevoa meu sorriso
Em águas magoadas me fixo
Estilhaçada, minha alma te envio.

Dilacera-me a dor réstias de siso 
No peito trago preso um crucifixo
Arranca-mo e bebe meu ser bravio.


OF – 19-02-14
Foto –Autor desconhecido

11 comentários:

  1. Triste quando a saudade remete para essa intensa mágoa ondulante que continua a dilacerar uma alma já estilhaçada.
    Um soneto muito belo, Odete.
    xx

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  2. A memória viva, lamento do que se foi, a vontade de transplantar o intransplantável...
    Belo, como sempre!

    Beijo :)

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  3. Minha querida

    Um poema nostálgico mas muito belo e profundo. adorei e deixo o meu beijinho com carinho.

    Sonhadora

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  4. Oi, Odete!
    A Mágoa é um lugar que somente chega quem se sentiu traído na correspondência do amor e também uma estranha forma de amar, afinal, a sombra só existe quando brilha alguma luz!
    Boa semana!!
    Beijus,

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  5. Existem memórias que formam poças (mágoas) a criarem obstáculos

    no fluxo do rio-vida.

    Mas tudo transcende,principalmente inscrito

    na tua beleza poética de sempre,amiga!

    A imagem belíssima em harmonia com teu soneto...

    Beijinhos.

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  6. A saudade pode mesmo deixar-nos mansos... para além da tristeza que nos invade a alma.
    Excelente soneto, gostei imenso.
    Odete, tem uma boa semana.
    Beijos.

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  7. OI ODETE!
    LINDA DEMAIS ESTA POESIA, TRAZENDO MUITA FORÇA EM SEUS VERSOS.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

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  8. Primeira visita que te faço... gostei muito e voltarei!
    belo poema!

    beijos

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  9. Há um rio de bela poesia que te percorre! Este é um recanto que só a ti se mostra!
    Beijo, querida amiga.

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