Obra de Thomas Cole
Entre os silêncios dos caminhos
indago em mim o tempo percorrido,
os passos fraquejantes do encontro surpreendido,
o espanto da saudade no teu sorriso fino.
Comungam-me as cercanias do maravilhoso,
um reino de que farei parte apenas por segundos.
Sou indigna de permanecer no povoado
mas permite-me a contemplação no rochedo.
Tardas na lonjura do desassossego.
Pelos teus olhos é que me sei plena,
capaz de distinguir os sons da passarada
e as copas das árvores seculares.
O vento da tua infância
conta-me histórias de delfos impertinentes.
Fala-me matreiro das deusas encarnadas
e do teu sangue infiel e aventureiro.
Julgava-te o meu cavaleiro,
o porto onde chegavas cansado,
o sol escorrendo de mel
e eu a lua que te acalmava…
Inquieto-me. Quando chegares
dirás que foi mais um
devaneio.
E eu creio…
OF (Odete Ferreira) – 01-05-15
Magnifico e belo devaneio feito poesia.
ResponderEliminarGostei de ler.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Como uma musa ou sereia que espreita de um rochedo mas que também é chamada a participar...
ResponderEliminarBeijo
~~~
ResponderEliminar.~ Muto belo, Odete.
~~ Abraço amigo. ~~
~~~~~~~~~~~~~~~~
Amiga, que belo o que escreveste...
ResponderEliminarBeijinhos
Quando a memória nos inquieta, escrevem-se poemas, assim, melancolicamente belos.
ResponderEliminarUm beijo, Odete.
É no silêncio do caminho, que nos perguntamos sobre tantas coisas que hoje sentimos falta... Adorei ler o seu lindo poema Odete.
ResponderEliminarBeijos e um lindo fim de semana
http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/
Odete, encontrei melancolia nos caminhos descritos, na vivência, no olhar... mas um "eu creio", no final, capaz de apagar o desassossego. Grande beijo!
ResponderEliminarMaravilhoso! Um abraço
ResponderEliminarLindissimo e magnifico devaneio....
ResponderEliminarAntes de mais, um belo título!
ResponderEliminarUm poema a rolar numa subjacente inquietação. Um cavaleiro andante que não consegue encontrar verdadeiro sossego em qualquer porto. Contudo, é através desses instantes de chegada que o sujeito poético se encontra.
Muito belo! E existem muitos cavaleiros assim...:-)
xx
Eu sei que só venho correndo lhe visitar,
ResponderEliminarmas no momento é tudo que posso fazer.
È necessário saber que sua amizade é muito importante para mim
e que durante todo esse tempo fiz de tudo
para não cair no esquecimento.
Estou sempre postando a viagem os outros pode atrasar ,
mas a viagem é muito importante para mim.
Foi nele que conheci pessoas lindas de alma e coração.
O tempo nos faz entender que aquele ,
que tem carinho por mim jamais deixaram de viajar
comigo.
Que Jesus te abençoe sempre com saúde .
Uma semana de paz , alegria , amor e fé acima de tudo.
Beijos carinhosos.
Evanir.
Muito belo, Bj Lisette.
ResponderEliminarEncontros, reencontros e incertezas da alma que sente o coração do caminheiro.
ResponderEliminarLindíssimo.
Beijo
Também há deliciosos enganos. Nem tudo pode ser real.
ResponderEliminarbj
No amor tudo é crença.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Encantei-me mais uma vez Odete! Vindo matar um cadim das saudades amiga. Distante dos blogues mas não dos amigos.
ResponderEliminarBeijuuss
Belos cantos (teus) percorrido pelos silêncios (da memória),
ResponderEliminarem notas sonoras de sentires de (in)quietudes do afeto-desejo
ao se encontrarem...
"Julgava o meu cavaleiro,
o porto onde chegavas cansado,
o sol escorrendo de mel
e eu a lua que te acalmava...
A tua poesia ocupa o espaço de expressão de uma
beleza sempre encantadora, Querida Odete!
Bjos.
Excelente poesia....
ResponderEliminarCumprimentos
Maravilhoso esse cantar, Odete, bem no centro do rochedo...
ResponderEliminarUm beijinho :)
Acreditar é ter Fé. "Poetisas" com esse Dom maravilhoso que a Natureza te deu.
ResponderEliminarBeijos
SOL