Obra de Pierre Auguste Renoir
Se
pudesse ter-te como queria
e
abrir-me como flor n´alvorada,
decerto
que o coração se veria,
assim
como minh´ alma enfeitiçada.
Correm
águas num fluir remanso
e as
esperas apossam-me os sentidos.
De
divina vontade m´esperanço,
e rosas cobiço em jardins proibidos.
Como em
antanho num cantar d´amigo,
perguntando
ao mar pela tua chegada,
dormindo
a esmorecer de noitinha,
assim
me partilho em dor contigo,
crendo
que serei sempre tua amada,
morrendo-me
de ti em fonte minha.
OF – 27-02-16
Pensei que já tinha comentado este poema.
ResponderEliminarQuem espera sempre desespera, porque a sua vida se esvai nessa espera
Um abraço e bom fim de semana
... ...
ResponderEliminar«se sabedes novas do meu amigo?
~~~~~~ ai Deus, e u é?»
Que belíssimo soneto de saudade,
~ vibrante de tão dorido e sentido,
como elegia à perpétua fidelidade,
eterna sina das mulheres lusitanas,
com eleitos raramente merecedores...
Gostei de apreciar a sua impecável
poética nesta forma - a chave ficou
~~~ magnificamente intensa...
Dias muito agradáveis e inspirados.
~~~~~~~ Beijo amigo.
Cante comigo
ResponderEliminarSe eu pudesse ser como o é você
Ter esse talento instigante assim,
Decerto não haveria nem porquê,
Estar gastando por aí o meu latim.
Sua criatividade todo mundo a vê
Como as rosas de qualquer jardim.
Frente a si, me encontro demodê
Ciente que minha criação é ruim.
Odete, salve seu cantar de amigo,
Que vem chegando de cambulhada,
Que cada verso e cada rima alinha.
Respeito-a e com ela nunca intrigo,
Creio que escreve com mão de fada,
Queria que cada escolha fosse minha.
Conseguiste evocar tão bem a respiração característica das cantigas de amigo, que fiquei deliciada. Perfeito, Odete.
ResponderEliminarxx
Odete, seus versos me lembraram especiais trovas, embora muito mais ricos, nesse cantar. A última estrofe traduz tudo. Gostei muito!! Bjs.
ResponderEliminarOlá, Odete.
ResponderEliminarLevaste-me até à adolescência, às Canções de Amigo de que me enamorei um dia ;)
* em relação às mulheres e meninas refugiadas, pelo que encontrei nas pesquisas, há quem venha a ter o cuidado de fornecer material para essas fases, mas, não será uma provisão satisfatória nem em quantidade nem em qualidade, pois que as mulheres têm necessidades diferentes entre si.
Até por essa questão, uma mulher é vulnerável.
Amedronta, se pensarmos muito...
deixo-lhe um bj amg no seu coração
Que maravilha, Odete, que musicalidade!
ResponderEliminarParabéns!
Um beijinho :)
Olá amiga Odete, obrigada pelo carinho lá no meu canto. Vamos a ver se consigo continuar. Um soneto soberbo que amei demais. Embora eu goste de prosa as rimas sempre me encantam. Boa semana e beijos com carinho
ResponderEliminarSoneto de grande sabor poético.
ResponderEliminarQuem sabe se um cantar de (Amor) amigo ficou pelo tempo?
Belo, Odete.
Beijo
SOL