Foto retirada do google
Ardem-me
os olhos,
na pira
demoníaca crepitam,
corvos
putrefactos crocitam
as
dores da terra ardida.
Línguas
de fogo engolem
feridas
em carne viva.
Sacrifício
de cordeiros mansos,
imolação
terrorista…
Negra,
tão negra, esta crueza enegrecida!
Por
muito tempo inertes ficarão os braços
e os
passos não farão caminho.
Os
verdes, ao Homem, serão escassos.
Estranho,
como o vil, em ti, alimenta seu ninho.
Por
muito tempo se exaltarão as vozes
e os
poderes, raivosos, deverão ser açaimados.
Será a
mãe nossa que pedirá algozes,
antes
que todos os filhos nasçam estropiados.
OF (Odete Ferreira) – 12-08-16
Um bom e forte poema, que lança um grito contra uma humanidade cada vez mais desumanizada, Parabéns
ResponderEliminarConvite a seguir : http://algibeirasfuradas.blogspot.pt/
Um poema muito inquietante, Odete. O ser humano desaprendeu de amar a natureza e o seu semelhante. O preço a pagar será muito alto.
ResponderEliminarUma boa semana.
Beijos.
Não há nada mais triste, do que presenciar a nossa terra queimada.
ResponderEliminarÉ urgente sacudir e abalar responsáveis.
Excelente e oportuno poema...
Beijinho, Odete.
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O fogo purifica mas assim não
ResponderEliminarBjs
Excelente e espero bem que não seja profético, minha amiga.
ResponderEliminarAbraço enorme
Um poema que é um grito de alerta, para a humanidade. Oxalá ela acorde a tempo.
ResponderEliminarUm abraço
Muito bom. Gostei.
ResponderEliminarLindo amiga Odete...Vou partilhar, como sempre...Beijinho
ResponderEliminarbravoooooooooooooo
ResponderEliminarcrimes de lesa-Mátria. impunes
ResponderEliminarbelo teu poema.
beijo
Digno de ser lido, por quem não respeita a nossa natureza,o nosso planeta nem os nossos bombeiros,e não vê que a cor cinza, em que fica a nossa floresta é tão triste...Daqui a quantos anos vamos ter o lindo verde das nossas matas e as árvores, para que as nossas aves se aninhem nelas? Vou partilhar como reflexão.Parabéns um beijo
ResponderEliminarSão realmente "dores da terra ardida" as que sentimos. E em comunhão com a terra, as árvores, as plantas, os bichos que nela se aninham, choramos o paraíso perdido.Saibamos nós ter força suficiente para fazer tudo renascer, assim Deus nos ajude, bem como o governo dos homens.
ResponderEliminarBeijinhos
Olinda
Venho pela "mão" da Majo e chego a este poema, logo hoje em que, sem qualquer poesia, ainda ardem terras não muito longe de mim.
ResponderEliminarOs meus olhos partilham o mesmo ardor.
ResponderEliminarJá agradeci à Majo a partilha deste seu espaço.
Um beijinho
Odete,
ResponderEliminarOs incêndios, para lá da acção terrorista, parecem querer consignar-se ao nosso interior, com a ajuda, perfeitamente dispensável, do aquecimento global. E dói, oh se dói!
É sempre um prazer ler-te.
Um beijinho :)
Odete,
ResponderEliminarMajo me fez ler seu blog! Excelente poemas! Verdades explícitas a muitos de nós! Parabenizo-a e passo a ser seguidora de suas produções!
Abraço.
https://celiarangel.blogspot.com.br
Um belo (mais um dos teus...) poema que toca profundo na
ResponderEliminarnossa sensibilidade de dor, diante dos gestos tão desumanos
de humanas criaturas sem alma, a queimar a natureza que é
a fonte da respiração divina que nos alimenta.
Bjos, querida amiga.
Ps: Adorei os teus comentários, o da crônica,
eu desejava ler o teu olhar, grata!...
Aplaudo, seu poema delata a miséria, o egoísmo, a desgraça em que vive humanidade, olhando e interessando-se apenas do que pode tirar para beneficiar-se.
ResponderEliminarbjs! (já sou sua seguidora, estou na página de dentro.
Forte e belo seu poema . Gostei demais . Obrigada da partilha . Beijos
ResponderEliminarTerra que fica na cor de carvão,
ResponderEliminarEscura na noite, negra de fumo,
Pede um esforço e torna ilusão...
E, vertical,só o fio de prumo.
Beijo
SOL
Parece que regresso sem ter partido e, ao chegar ao teu cantinho, li um poema que me arde. Parabéns, Odete.
ResponderEliminarO tempo amainou e, com ele, o Outono para refrescar a palavra.
Grande abraço.