segunda-feira, 28 de junho de 2010

Entardecer com sabor a despedida

Fica, neste espaço, publicado mais um dos meus poemas..

Escrevo sem sentido
Inicialmente, de positivo
Apenas porque me apetece.

Neste entardeccer ventoso
Sacudindo um cabelo desalinhado
Houve gente distraída
Por escassos momentos,
Num jogo que desejava
Não ser de despedida.

Valem-nos estes feitos
Estar no mundial.
Entretanto, um jovem,
Jogou uma partida final.
Por isso, amanhã
Estarei num funeral.

Vidas silenciadas
Por mero desafio,
Que não tem destino
Que acaba mal,
Porque não apetecido.

Neste entardecer comum
A tantos outros, sem história,
Acabo sentada, numa esplanada,
Respirando um sol ainda ardente.

Mas o acaso assim não quis
E este entardecer
Ficará na memória.
Na arca que não desfiz.

Vamos fazer o que ainda não foi feito
(Canta Pedro Abrunhosa)

Neste entardecer.
Aparentemente calmo,
Evoco, sem querer,
Momentos passados,
Tão partilhados,
Com pessoas queridas.

Como gostaria
Que não tivessem partido.
Umas, sem um projecto definido.
Outras, já sem vida.
OF 15-06-2010 18:30 – Terça-feira

5 comentários:

  1. Irene Costa02 julho, 2010

    Mais um poema lindissimo!!! Ja não tenho palavras stora!!! beijinhos,continue!!!

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  2. Gostei muito deste poema, principalmente da quarta estrofe...
    Beijinhos, Bruna Patrícia

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  3. É natural teres gostado...Senti-o profundamente, por várias razões, apesar de ter sido escrito numa esplanada enquanto tomava café. É que estão-nos sempre a acontecer - as despedidas, e como custam!!!
    Bjinhos, Obg :)

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  4. Oh! Eu que o diga! As despedidas a mim atingem-me muito!

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  5. Irene, como conversamos pessoalmente, nem sempre respondo aos teus comentários...
    Fico sempre agradecida!!! :)

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