sábado, 27 de agosto de 2011

Tarde em mim


Entulho-me de afazeres
-apenas desprazeres-
de dias que seguem
uns atrás dos outros.
Lembram-me operárias,
saindo febris
de máquinas monótonas,
regressando, elas também,
a outras máquinas…
Mais subtis!

Apenas breves pausas,
em fins de tarde
descendo sobre ruas
que se vão esvaziando da gente
e das pressões
de donos e patrões!
Enfim, agora, alguns prazeres!

O sol desmaiando.
O silêncio regressando.
A brisa se apressando.
A noite acordando!

OF  24-08-2010

(Mais um, escrito numa esplanada, não incluído no livro.)

6 comentários:

  1. Huum...
    Desde que este silêncio não seja assustador, venha ele.

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  2. (Se a realidade é assim, deixa-me cá estar no meu sonho...)

    ;)

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  3. Não, Nani, este significava ausência de ruído, tão só! :)

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  4. Alguma realidade é, oops!!! Por isso existe a palavra mais amada "sonho"... :)

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  5. Entre ruas e vidas atribuladas
    por vezes o silêncio surge acolhedor
    e abre um caminho poético e libertador...:)
    Beifos amiga.

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  6. Olá, Teresa: tenho uma série de poemas, escritos em esplanadas - sobretudo Julho e Agosto de 2010 - que não incluí no livro. Alguns, sim (podes ver, pela data, porque tens o livro). Até gostava de publicar o nome da esplanada, mas não devo fazê-lo. A maioria considero-os "leves" e precisamente porque não irão ser compilados em livro, estou a divulgar...
    Mas, como sabes, escrevo quase sempre aquando do momento de tomar um cafezito...
    Bjuzz, amiga :)

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