as minhas mãos.
Reparo nelas…
Pouso-as
separando, delicadamente,
cada um dos dedos…
Como se escancarasse
a porta da rua
ao amigo.
Observo-as…
Acaricio cada dedo.
Não pela pela sua beleza
antes pela sua dureza.
Acompanham-me…
Como são imprescindíveis!
Mas não dei valor…
Acordo de um torpor,
perfeitamente inadmissível.
Via nelas a imperfeição…
A pele irregular,
que oleosos cremes
não podem disfarçar.
Hoje, deslumbro-me
E só vejo perfeição.
Executam os gestos,
que dita o coração.
Com as mãos acaricio
os rostos e as coisas.
Com as mãos partilho,
todo o meu mundo.
São esperança…
São herança
que deixo ao filho.
OF 21-03-2010
Foto Carlos Alvarenga
Vim, apenas, trazer-te um beijinho.:)
ResponderEliminarEste poema, como te disse ontem, traz-me lembranças tão especiais que me sinto incapaz de o comentar.:)
Adoro TU
jinhos
Olá, me(Nina)...
ResponderEliminarAinda bem que te são especiais. Ao dizeres isso já foi um comentário e dos bons!!!
Bjuzz de paz, querida :)
Um olhar bem curioso sobre algo tão mágico - as nossas mãos!
ResponderEliminarGostei muto amiga!
Xi coração.
Olá, amiga Teresa...
ResponderEliminarNão o incluí no livro, considerava-o "menor". Quando o divulguei, antes de sair para férias, nos grupos foi muito bem acolhido. Uma amiga pediu-me se o podia oferecer a uma sua amiga professora surda-muda, que ensina Siglas (língua gestual). Imagina o meu deslumbramento face a este escrito, a partir de então...
Bjuzzz :)