Nunca
o vira assim. Prostrado. Os sulcos da terra pareciam ter alugado o espaço do
seu rosto. Percorreu-os como se o ato de alisamento desfizessem, milagrosamente,
todo um estado de angústia, de incerteza, de desânimo. Afagou-lhe o rosto que
procurava alívio no seu regaço. Um regaço desnudado, de dádiva contornado, de
apaziguamento procurado. Também de prazer nos momentos de toques sedutores…
Mas
hoje, hoje o seu amor precisava de outros toques. De magia… Cerrou-lhe
docemente os olhos, pronunciou as palavras de reza, a oração que os unia para
lá da realidade, tocando um céu sempre limpo de nuvens cinzentas. E era nesse
lugar que renovavam os seus votos secretos.
-
Querido, temos tanta coisa nossa. Se não conseguires colocação, reciclamos o
jardim. Congelamos as flores na alma e outras sementes alimentarão o corpo.
Isso! Tornamo-nos vegetarianos…
Calou-se.
Apesar de salgada, a água que brotava da sua fonte cristalina, inundando os
regos lavrados, eram prenúncio de assentimento, de aceitação.
Sorriu,
imaginando-se, como uma espécie de preparação mental, já na nova vida reciclada
pela força do afeto, amarfanhando a crise que assaltava sem dó nem piedade os
mais vulneráveis. Acreditava, sobretudo, na capacidade regeneradora do ser
humano.
Reclinou-se.
Apertou, carinhosamente, umas mãos esguias, entrelaçando dedos de ternura.
Afinal, o seu bem maior estava ali…
Odete
Ferreira - 09-09-2012 - Foto – Autor desconhecido
Quanto tempo não venho no seu blog!!
ResponderEliminarHoje com muito carinho venho convidar você para comer um pedacinho de bolo do meu aniversário.
Uma linda noite beijos,Evanir..
Verdade, Evanir, são tantos e tão bons!!!
ResponderEliminarSe me convida, vou e saborearei de bom grado, virtualmente, essa delícia..
Bjo e parabéns :)
Amiga Rosa: claro que teria que aceitar o amável convite...
ResponderEliminarDeliciei-me!
Bjinho :)
Quem precisava de ser regenerado era o Gasparinho & Cª...
ResponderEliminarCom as análises empíricas (estas palavras são dele) manda meio mundo para o desemprego e ainda se ri...
Gostei imenso do teu texto.Que fiquem os afectos, pelo menos...
Odete, querida amiga, tem um bom resto de semana.
Beijo.
(À hora que te respondo, Nilson, estou a ouvir a entrevista com o Sr. PM...)
EliminarSubscrevo-te...Aliás, neste texto há alguma crítica subjacente...
Obg por teres gostado.
Resto de boa semana, querido amigo.
Bjo
Amiga .
ResponderEliminarEstou de volta deixando um abraço e muito carinho para você
hoje estou sem sono mais agora tenho que dormir mesmo rsrs.
Cada amiga é um tesouro nessa vida ,
e você é uma dessas joias preciosas.
Beijos,Evanir.
Mau, não ter sono, bom ser novamente visitada por vc :)
EliminarSem dúvida que os amigos são preciosos, quando há reciprocidade. Mesmo neste mundo virtual, é importante o incentivo e o carinho que se deixa em palavras.
Bjo, Evanir
Como falámos sobre este belíssimo texto, fiquei convencida que o tinha comentado.
ResponderEliminarO que dizer, para além do que já te disse?
Vidas, não é?:)
beijinhos, princesa
Nina
Agora tens a oportunidade de o ler e reler, se tiveres tempo :)
EliminarBjos, princesa :)
Intenso esse texto de autor desconhecido...vida que segue seu curso!
ResponderEliminarBeijuuss n.a.
Querida Rê: o texto é meu, a foto é que retirei da net...:)
ResponderEliminarPor cá os tempos estão maus; muito desemprego e cada vez mais sacrifícios. Resta (-nos) a crença, alicerçada nos afetos.
Bom ter-te no meu cantinho.
Bjoss de carinho :)
("Se não conseguires colocação..."... Hummm... queres ver que é um professor que eu cá conheço?)
ResponderEliminar;)
Bem oops!!! Estás a par das notícias e do desemprego. Este ano foi o descalabro. Com o aumento de alunos por turma, houve professores do quadro de escola que tiveram que concorrer...Contudo, o texto é um ficcional com respingos do real :)
ResponderEliminar(Ri-me bem...És terrível...
Lindo e tocante texto,amiga.
ResponderEliminarO afeto é uma fonte inesgotável,rica do poder transformador,que
cura as feridas e ajuda a erguer a cabeça para a
caminhada(vida)...
Beijo,querida.
Sempre um prazer ler a tua apreciação aos (meus) escritos, querida
ResponderEliminaramiga Suzete. Sem afeto, não somos dignos da nossa condição.
Bjo, alma linda :)