Passeio
os dias pela macieza do afeto,
num
apetite voraz de sabor
a tempo
que fica.
Como comensal
na mesa de iguarias irrepetíveis.
Humanos
risos, humanas mãos
que se
tocam no burburinho dos talheres.
Que conversam.
Entre-os-dentes.
Demorando-se
na boca, na degustação das palavras.
Estaladiças,
fogosas, vermelhas de paixão.
Num desnudamento
vestido de cores.
De frutos.
De mim. E de céu.
Que se
compraz no desenho de olhos
em
dedos ávidos de fugas.
Para dentro
das raízes que somos.
Que se
veem. Nas têmporas já maduras.
E nas
histórias cheias de enredos.
(Odete Costa
Ferreira) - 24-08-17
Obra de Josefa de Óbidos
(Passarei a incluir o apelido Costa nas minhas publicações)
Pelos afectos
ResponderEliminare que vamos
Linda mesa, linda obra de arte ou bela natureza morta? Eis o Natal bem vivo como recordação que na Europa neva e aqui é no verão, mas em todos os corações cristãos, é Natal apenas, de mesa farta e de festas. O quadro diz tudo, mas o poema o engalana? Não! O quadro complementa as maravilhosas palavras poéticas. Parabéns Odete pela bela postagem! Obrigado pela partilha. Abraço fraterno. Laerte.
ResponderEliminarUm momento de reflexão intimista, de ternura e paixão! Poema significante!
ResponderEliminarAbraço.
Os afetos são o cimento da vida.
ResponderEliminarE que bem cantados aqui foram neste excelente poema.
Gostei imenso.
Continuação de boa semana, amiga Odete.
Beijo.
Um tempo melhor, que passa, que fica...
ResponderEliminarAplaudo o teu belíssimo poema que sabe a hino de felicidade.
Carinhos e ternuras sintonizadas numa paixão em idade madura,
é puro enlevo e deleite.
E maravilha é o que escreveste, prezada Amiga.
Continuação de um fim de veráo muito especial.
~~~ Grande abraço ~~~
Se houver alguma coisa para ficar na nossa memória, e na memória daqueles que amamos são os afetos, os sentimentos regados diariamente de carinho, de reconhecimento, de solidariedade e de amor. Poema forte e de linda expressão, como sempre, Odete!
ResponderEliminarBeijo, querida, um ótimo fim de semana que está chegando.
Já estaremos
ResponderEliminarBom dia, o melhor meio de comunicação são com afetos, na minha opinião, este contribuem enormemente para o bem estar e uma maior aproximação.
ResponderEliminarFeliz fim de semana,
AG
Os enredos da memória tão cheia de afectos. Uma realidade que perpetua os sonhos. As mãos sempre suspensas de um aceno...
ResponderEliminarMagnífico o teu poema, Odete!
Um beijo.
OI ODETE!
ResponderEliminarSÓ O QUE PERMANECE VIVO EM NOSSA MEMÓRIA SÃO OS SENTIMENTOS VERDADEIROS E O AFETO QUE CONTAGIA, COMO TEU TEXTO, ENCANTADOR AMIGA.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Que tem afectos é uma pessoa com riqueza.
ResponderEliminarBeijinhos e sonhos bons, amiga
Querida Odete
ResponderEliminarFiquei presa nestes versos:"Que conversam.Entre-os-dentes./Demorando-se na boca, na degustação das palavras.", distanciando-se do seu contrário "entre-dentes". :) Aliás, todo o poema é um hino, como bem disse um dos comentadores, um hino ao convívio, aos afectos, à família, aos amigos. À volta de uma mesa acontecem coisas belas. Aqui também se trata de um outro alimento, que se baseia no amor e na amizade.
Adorei, minha querida. Tens o talento de saber dizer as coisas de uma forma sublime e de as escrever.
Beijinhos.
Olinda
Odete, os afetos nos fazem bem viver . Lindas palavras recheadas da delicadeza que lhe é peculiar , Agradeço sempre a generosa partilha . Beijos
ResponderEliminarOlá amiga!
ResponderEliminarMinha visita hoje é para lhe trazer um pouco de carinho, deixar meu abraço, me desculpando por não comentar sua maravilhosa postagem. Hoje o reumatismo atacou minha coluna, estou péssima para escrever. Vou seguindo a vida, um dia sorrindo outro dia mais tensa, o importante é estar viva.
Lhe desejo um fim de semana de muita paz, saúde e felicidade. Deixo esse pensamento do Padre Fábio de Melo,
“A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a idéia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver.
Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes...”
Abraços, permanece com Deus.
Por vezes, quantas vezes, mesa cheia , palavras fartas, sorrisos na espuma das sobremesas, e longe, muito longe, a música dos talheres é o ritmo que vai marcando o compasso do tempo.
ResponderEliminarComo sempre, Odete, belíssimo!
Um abraço!
Poema lindo, amiga!!
ResponderEliminarA palavra a expressar na (tua) melodia poética,
as raízes do Ser no melhor tempo, espelhado
nos afetos.
Bjos.
Acima de tudo, um hino à vida. É tudo o que precisamos.
ResponderEliminarUm abraço, amiga transportadora de energias positivas.
"Nas têmporas já maduras" escrito está um poemas maior. Os afectos vermelhos de romã fazem-se presentes à mesa dos dias felizes.
ResponderEliminarParabéns.
Bj.
E do tempo que nos fica... que seja ele preenchido com os afectos... que são o sabor da vida...
ResponderEliminarMais um trabalho excepcional, que adorei apreciar, por aqui...
Beijinho
Ana