Não é a primeira vez
que tento perceber
se sou triste por natureza
ou um modo de ser…
Insatisfeita. Talvez!
Quando o riso me sai fácil,
e o sorriso me rasga a face,
que modo de ser sou então?
Linha ténue
entre a normalidade
e a anormalidade…
Querer perceber,
será intenção
de uma mente agastada?
Acordar leve
sorrindo ao dia
ainda que com o seu humor
contrário ao meu,
seria desejo
que bem gostaria
ser inerente ao meu Eu…
Invejo pessoas alegres
que provocam gargalhadas
arrancadas
de um lugar que desconheço
mas ao qual sei que pertenço.
Contar piadas com graça,
sei não ter jeito.
Ser uma boa companhia
depende da senhora nostalgia,
se ela já se enfiou
na sua própria amargura.
Então sim, solta-se a alegria
e a empática comunicação.
O verbo sai sem falácia
e as palavras são reino
de palácio sem muralha.
E rio em turbilhão
em mente fervilhada
e mar de imensidão
de cultura mesclada
e gente sem raça
que fome do saber abraça
e criança inocente
em belo futuro crente.
E…
Momentos apaixonados
de prazer ilimitados
orgasmos mentais
seres diferenciados
entre comuns mortais…
Palavra, dona e senhora
de momentos especiais…
Que ser é o meu ser, então?
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ResponderEliminarSe escrevesse como tu, não precisaria de ter citado Pessoa.
ResponderEliminar"Não sou nada.
"Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
(TU, és tudo!)
O vídeo do novo post é para ti, também.
Beijos,querida...e obrigada.
(AMEI a foto!)
Tive de sorrir...Também gosto muito destes versos de FP.
ResponderEliminarObg, pela tua resposta à pergunta...Um poema muito confessional, admito. O tudo e o nada, conceitos tão intrinsecamente filosóficos!
Vou ver o vídeo...
(A écharpe usei-a para tapar o biquini; depois achei que se enquadrava neste poema...).
Bjos, me(Nina) :)
Ser pessoa é ser multifacetado, é ter estados de alma diversos...
ResponderEliminar"Não sou nada.
"Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Concordo com Fernando Pessoa de tal meneira que me apeteceu copiar pela Nina. Melhor que ele quem consegue falar?
É magnífico o teu poema.
Bjuzz Odete
(Ó que caraças... mas afinal quem prevalece? O Fernando Pessoa ou o citado Álvaro de Campos... já para não falar da fragrância com que impregnaste este post? Ah... boa associação do poema com a foto angelical à Nossa Senhora do Écharpe....)
ResponderEliminar;)
Obg, amiga Teresa por gostares...Fases poéticas...
ResponderEliminarBjuz :)
Olha o desejado, tal qual D. Sebastião, oops!!!
ResponderEliminarVamos lá resolver isto a bem: prevalece o Fernando Pessoa, através do seu heterónimo Álvaro de Campos, este não existia sem aquele!
Gostei da fragrância (apesar da crise, ousei comprar -boa promoção - o meu perfume preferido de Verão).
Acabaste de inventar uma Nossa Senhora, há que escolher o dia da romaria :)
:)
(Avé...)
ResponderEliminar;)
Olha a sorte que tu tens, ó Nossa Sra da écharpe, lá no meu estaminé nem ares do nevoeiro!:)
ResponderEliminarBem, Nina, o oops!!! é assim, um insano com uma sanidade de invejar :) (Brinco, claro...)
ResponderEliminarBjo, linda