Folhas amarelecidas,
alinhadas com os passeios
como soldados
em sentido na parada.
Aconchegadas
às árvores
despegadas
pelo vento do outono.
Órfãs das mães
que as pariram
na primavera.
Cresceram …
Adultas,
partiram cedo
da vida verdejante
que alegraram
a vista da gente.
Sem alimento,
fenecem
de frio transidas.
Amachucadas
pelas chuvas
das nuvens cinzentas.
Abandonadas
pelo sol ardente.
Cenário que se fixa
na alma carente.
Amortalhada
no corpo ainda quente.
Outono.
Ciclo breve,
estação do ano
que ora chora
ora enternece.
Pronúncio sempre
de tempo agreste…
Retrataste em perfeição o outono que me entristece.
ResponderEliminarEste ano, porém, por ver tantas fotos num blogue vizinho, consigo olhá-lo de outra forma.
Lindo!:)
bji, princesa
Ora ainda bem que o vês com outros olhos...
ResponderEliminarOs olhos outonais são infernais
se os enfrentarmos, baixam as sentinelas.
Então, os nossos tornam-se telas
onde cabem as cores mais belas,
cambiantes de amarelos, vermelhos e castanhos
e as telas ficam fatais
projetando na mesa dos comensais,
a magia sempre presente em tempos ancestrais...
Gostaste???
Bjos, princesa :)
Lindíssimo...puro...original
ResponderEliminarCunha Ribeiro: só agora dei conta deste comentário, é raro ir ver o histórico dos comentários...
ResponderEliminarObg pela apreciação que fez a este poema...:)