Pungente
toda a significância
que
remete a pobreza.
A
mais pura rudeza
da
condição humana
ligada
à sobrevivência.
Dói
a sua visibilidade,
marcada
nos
rostos escavados,
embaciada
nos
olhares ensopados,
cravados,
em
chão de terra seca.
Nos
cartões vazios
que
servem de cama
a
sem-abrigos
em
vão de escada.
Ausência
de identidade,
escravos
da sua mendicidade.
São
mortos-vivos,
pálido
arremesso
do
direito consagrado.
Sub-mundo
ignorado
do
senhor endinheirado.
Impotência
dorida
em
alma
empedrada,
repulsada
na
obrigatoriedade
de
encapotada
solidariedade.
Realidade
que
grassa
como
erva daninha.
Maldita
sociedade
que
oferece um nada!
Apenas
o desperdício
que
descarta como lixo
em
bandeja envenenada.
OF
02-05-12
Foto
– Autor desconhecido
(Poema escrito para a temática num grupo poético do FB)
http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/pobreza-invis%C3%ADvel
http://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/pobreza-invis%C3%ADvel
É sempre arrepiante esta palavra! Apetece fugir dela, mas tu aceitaste e bem este desafio.
ResponderEliminarMuito bom o teu poema.
Bjuzz.
Aceito, sim, os desafios; devido à escassez de tempo, é uma forma de me "obrigar" a escrever sob o lema de uma temática. Não é o processo de escrita mais aliciante para mim...
ResponderEliminarObg, querida amiga.
Bjuzzz :)