terça-feira, 19 de julho de 2011

Maio, doce Maio

Foi um dia, treze no calendário
data de significado
escolhida por acaso…
Marcada na vida
de início de ciclos
de nascimento, em aquário
Enamoramentos de menina
de mulher casada.
Decifro sinais
tanto diurnos
como nocturnos
Tanto faz, são soturnos.
Enquadro-me em distâncias
celestiais
Irreais.
Detesto apeadeiros
Sujos de dejectos animais
Embrenho-me no obscuro
silêncio. Procuro-te em salas
ruidosas.
Distingo a tua voz adocicada,
com sabor a marmelada
feita no Outono da vida
em malgas esburacadas
preenchidas
e de papel vegetal revestidas.
Questiono outro papel,
outra função maternal
em outros dias, não a treze…
Maio, quinto mês no calendário
Nostalgia de época
em ecos de memória.
Maria, nome abençoado,
o meu, o da Virgem
quiça o teu…
Versos soltos,
sem grande sentido.
Pego as pontas, com pontos
cosidos com linhas frágeis…
Assim me sinto e escrevo
arremessando pedras pelo caminho
como quando era menina.
Pego no cesto com comida,
Quentinha…
Estugando o passo miudinho
estendia a toalha ao avozinho.
Palpava silêncios de palavras,
sugava olhares de carinho..
Maio, doce Maio, meu hino…

OF 13-05-2011

2 comentários:

  1. Engraçado como este teu poema me fez lembrar a minha infância feliz.
    bji gde, querida.

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  2. Há algumas factos que são reais, logo não é difícil evocar (te) lembranças...

    Pego no cesto com comida,
    Quentinha…
    Estugando o passo miudinho
    estendia a toalha ao avozinho.
    Palpava silêncios de palavras,
    sugava olhares de carinho..

    Bjuzz, minha linda me(Nina):)

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