terça-feira, 29 de novembro de 2011

A sustentável boca do ser

Pausa de pensamentos profundos,
alienação da alma
emigrante para outros mundos.
Postura corporal
curvada, na voz do outro
na presença
de seres familiares,
falam de si para si
mas ouço….
Parecem felizes,
sou feliz,
pareço feliz.
Interrogo:
sou eu dentro de mim
ou eu dentro do momento,
composto pelo ritual
da mesa paradoxal
de diferentes sabores
unindo pelo alimento,
preenchendo bocas vazias
de sentimento
espiritual
do estado emocinal
que particularizo.
Uma essência levitacional
que se transcende
habita um céu
que desenho mentalmente
para onde carrego
toda a gente
em anjos pintados
coloridos
de cores a inventar.
As nuvens, toalhas
sonhadas
ofertam alimentos
manjar de deuses
almas a saciar
de desejos
que sentimos a queimar
num corpo, sem, asas, a voar.

OF 08-08-2011

4 comentários:

  1. Aguardava com alguma expectativa este poema. Não me defraudou, embora me aperceba que tenho cada vez mais dificuldades em comentar poemas.:)
    Muitos beijinhos, princesa:)

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  2. A tua humildade não tem razão de ser, sabes isso. O teu comentário vale tanto ou mais que os de pessoas que estão habituadas a comentar poemas no site da editora...
    Mas como sei que gostaste, desculpo-te!
    Bjos, pikena :)

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  3. Tantos desejos que ficam por o caminho...tantos que se subem sem ser alcançados..mas enquanto se possa poemar e colorir a vida,sempre existirao espaços a inventar e almas a alimentar..e sempre se poderá através de ti, do outrem,de mim...chegar a realizar um mar mais azul,um céu sem nuvens,e todos os "eus" emocionais explodir numa catarse espiritual!!!um beijo minha amiga linda!!

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  4. Este poema tem um sabor especial, por razões que a razão amotina. O alimento "imaterial" é uma meta do espiritual, é a alma do emocional a ditar a natureza que queremos especial!
    Bjo, linda Inês :)

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