(Sequência do post anterior...)
Sentada, atenta a sinais
de alerta, sociais…
Questiono: preocupações a mais?
Nunca terei resposta
para alaridos que ouço
a cada momento.
Medidas que são criadas,
para meu descontentamento.
É este o meu país.
É esta a minha terra
de interioridade
consagrada.
Talvez necessite
desta solidariedade.
Quero crer na vontade
de actos solidários…
Que não sejam solitários
e não sirvam a vaidade
e sede de protagonismo
à custa de gente real.
Cobaias de senhores
e mentores
de mentes passivas.
Pouco a pouco enriquecem
com o orgulho roubado,
às suas tristes vidas.
São dúvidas deste género
que me retraem…
E desconfio de bondades
inocentes.
De actos anunciados
com pompa e circunstância…
Sim, fico descrente…
Aguardo, paciente
o que segue no calendário.
Depois, soltarei
a revolta, calada,
no meu vocabulário,
tal senhora do seu nariz!
É este o meu país!
É esta a minha terra!
Desarmada mas determinada
...Por ela tudo farei!
OF 18-03-2011 13:00
Confesso que não julgava vires a mostrar patriotismo...após tanto descontentamento.
ResponderEliminarLindo poema, minha querida.
De cariz social, mas profundo.
Beijinhos mil
Tem uma excelente semana, meu doce!:)
Nina: há algo por detrás, aliás há sempre! Se te referes ao termo "descontentamento" usado no poema, tem o sentido que assim me sinto por haver necessidade de tomar medidas que atingem sempre os mais desprotegidos. Depois, sempre me irritou o "palco de luzes" em que se mostram algumas pessoas, estás a ver o género...Feira de vaidades!
ResponderEliminarE, sim, tenho muitos poemas de cariz social(sabes que publico pouco em relação ao que escrevo). Aqui o patriotismo tem mais a ver com aquilo que posso fazer e não com o que me podem fazer a mim...Sou, naturalmente pró-activa!
Bjuzz, querida, um bom dia de trabalho! :)
Ditas ou escritas as palavras têm sempre o seu peso... pesam-nos fundo, tanto pelo bem que nos fazem quanto pelo mal que nos doem!
ResponderEliminarImporta por isso abrigá-las... nas conchas das mãos de quem, como tu, tão bem as sabe cuidar!
(estou muito romântico, hoje...)
;)
(ui, como ele está, hoje!:))
ResponderEliminarConcordo plenamente com o comentário do oops!!! (vi-me tramado para escrever sem faltar nenhum o nem nenhum !).
ResponderEliminarDe facto tu e as palavras têm uma belissima relação.
Beijinho
Ricardo
Temos aqui uma Odete apreensiva e interventiva! É verdade, o mundo, por vezes, dói.
ResponderEliminarGostei muito amiga. Parabéns!
Gostei do seu "apego" à terra, seja a que for (terra, país, lugar....e tantas outras coisas a k pode estar a referir-se...).Algo k a leva à reflexão. Bonitas e sérias(!) palavras, Odete.Bjo.
ResponderEliminarTambém não consigo responder jocosamente ao teu tag, não por estar romântica (acho que este já é um estado natural em mim...), mas porque as palavras são sempre as melhores armas, para o bem ou para o mal...
ResponderEliminarObg pelo que disseste, o oops!!! eclipou-se e deixou falar outro eu... :)
Obg, Ricardo...Afinal o que vem primeiro, o pensamento ou a palavra? Pensamos através de palavras e usamo-las para exprimir o pensamento...
ResponderEliminarDialéctica, mas apenas isso!
Sim, "caso-me" com elas a cada instante, por isso fiz votos eternos!
Bjinho :)
Obg, amiga Teresa! Leu a resposta ao tag da Nina... Sou assim, teimosa, persistente, quando a causa assim o exige... Lamento-(me)quando me sinto prostrada...
ResponderEliminarBjuzz :
Prazer em ter vindo fazer uma visita, Gui!
ResponderEliminarApego: termo muito apropriado, forte... Implica tantos actos, exige tanto de nós!
Lembrei-me que se usa muito em relação à vida e vida é tudo, os momentos, os olhares, os sorrisos, os gestos, a memória...
Obg - anónimo?!- Bjo :)
As palvras sao armas construtivas ou nao..com peso como diz o Oops...Peso que cai na alma com amagura, com impotencia..descrente das benevolencias alheias..Li e na verdade fez-me reviver,cada miséria quotidiana..que alguns lutam a diário..para outros poucos que com luzes de néon..se dao importancia!!!Essa cegueira tao incrustada nas sociedades..Amei amiga..muito mesmo!!um abraço grande!!
ResponderEliminarHá coisas engraçadas, Inês: muitas vezes escrevo um poema que, aparentemente, nem é assim tão elaborado, Contudo, verifico que, afinal, são as coisas mais simples que nos tocam.
ResponderEliminarE há tanta alma desesperada que passa ao nosso lado, tão timidamente...
Obg, amiga!
Bjinho
Às vezes venho; e aqui sentada em frente desta janela..donde me debruço sobre o outro lado que igual estás tu, que nao..igualmente te sinto..te sinto feita palavras..dizia que algumas vezes nao tenho vontade de escrever..porque o silencio me ajuda mais a reflexionar em tudo o que leio..que o barulhinho do trequeteo das teclas...Outras..pelo contrário tenho fome de dedilhar rápido tudo o que me fazes pensar cada visita a este teu cantinho "encantado por varita Eu"...Sei que nem sou douta e nem tenho a capacidade muitas vezes de expressar tudo o que me vai na alma...mas posso afirmar que é muito mais o que se sente do que se escreve...talvez porque sempre fui mais de acçao do que palavra...este exercicio de letras para fora me está suavizando o interior..por isso queria vir até cá dizer OBRIGADO...
ResponderEliminarEscolhi este porque foi um dos que gostei muito..me meti nas entrelinhas e parecendo tao simples como dizes tem cor,tem forma,tem força..tem uma aurea..que te faz meditar nas raizes..no que entregas a uma terra que te viu nascer a qual a usas,sem apenas perguntar..se tem "ELA"alguma necessidade...
Das dávidas recebidas com "v".. de volta como dizia a avó...Tudo o que recebemos..deveriamos dar de "volta" e nao se trata de comunismo..rsrsrsr pobre o que sofreu esta senhora por uma palavra mal conceptuada numa aldeia com poucas "luzes"..Mas vamos retornar ao que me trouxe aqui...Bem hajas por este feliz encontro virtual que tive a bem no face..um abraço imenso!!Uma semana cheia de luz para ti e todo o teu redor..
Pego no que tu própria escreves "Sei que nem sou douta e nem tenho a capacidade muitas vezes de expressar tudo o que me vai na alma...mas posso afirmar que é muito mais o que se sente do que se escreve.. (...) "
ResponderEliminarSe tu não és douta, não sei quem o poderá ser...
Sim, sentimos ainda mais do que se escreve, porque os dedos não são assim tão rápidos, daí que será necessário também capacidade de síntese e domínio vocabular para expressar e, sobretudo, sugerir, fazer inferir o que não se escreveu...
Abençoada sejas, não pelos elogios que aqui me deixas, mas pela tua acção, pela humanidade...
Só uma confidência: também fui sempre mais de acção, só escrevo com regularidade há cerca de ano e meio...
Bjos e sorrisos abertos de par em par :) :)