sexta-feira, 10 de junho de 2011

Vida em escada


Sorriso disforme.
Olhar impregnado
em álcool mergulhado
de embriaguez
em que te vês,
em que te vejo,
mais do que desejo.
No discorrer dos dias
que desperdiças…
Pura insensatez!

Não estou bem comigo
dizes, em desculpa,
iludindo uma culpa
apenas tua.

Estendo a mão,
símbolo de união…
Rejeitas essa fusão,
afastas um coração
que doa e perdoa…
Encolho os ombros…
Sinal de indiferença,
aparente…

Projecto todo o meu ser
no horizonte
do meu eterno querer..
Sonhador, diferente,
presente
em qualquer pedaço
de terra, ar, água.
Elementos companheiros
de passos minguados,
atrasados, na meta marcada
na estrada.

Ignoro-a…
Prefiro uma escada
onde possa ficar,
amparada…
Observando, atenta,
a jogada,
alta, que é a vida…
 
OF 04-03-2011 

4 comentários:

  1. Majestosamente sentido e sublimemente escrito.

    Tinhas que me estragar a aura...

    (Estou aqui estéril de graçolas)

    ;)

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  2. Lindo poema, embora não goste da temática.
    Essa alma está cada vez maior, minha doce poetiza e querida amiga.
    Li tudo, mas só vou comentar este.:)

    Um gde beijinho

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  3. Faço estragos, oops!!! ? Eu que sou tão cuidadosa? Lembro-me: já queimei ou deixei estragar-se roupa (na máquina de lavar), coisas deste género...Auras ou almas, acho que não... :)

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  4. Nina, apesar de só hoje responder, rasguei-me num largo sorriso ao ver-te aqui...
    Obg, uma vez mais, por gostares.
    Bjuzzz, princesse :)

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